quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O Fim do Tempo da Graça


22 de outubro de 1844. Já faz tempo que se iniciou a última etapa do ministério de JESUS no santuário celestial, a qual precede a Sua volta em glória e majestade. Lamentavelmente, a realidade visível é que está se cumprindo na vida dos cristãos modernos a profecia do apóstolo Pedro, contida em sua segunda epístola, no capítulo 3, verso 4, onde ele prevê que nos últimos dias muitas pessoas diriam: "Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (II Pedro 3:4). De fato, esta profecia tem se cumprido, em certo sentido, até mesmo dentro da igreja, pois, temos vivido como se CRISTO fosse voltar daqui a muito tempo, sem sequer nos preocuparmos de que a morte poderia ceifar-nos hoje mesmo. Os que foram vítimas dessa tragédia pensavam que não precisariam se preocupar tanto, achando que isso não aconteceria com eles.

Apenas para avaliarmos a nossa própria condição e disposição espirituais, respondam uma pergunta para si mesmos: Na sua opinião, segundo a sua expectativa, quanto tempo falta, ou daqui a quanto tempo JESUS vai voltar?
Essa pergunta não visa tentar calcular um prazo; visa apenas avaliar a nossa própria condição e a nossa expectativa, que poderia nos motivar a um preparo mais sério ou a um descaso inconsciente. Como está o nosso preparo? Estamos nos preparando como se Ele viesse em pouco tempo, ou vivemos como se Ele fosse demorar muito?

Ninguém pode calcular um prazo para a volta de JESUS. De fato, a pena inspirada nunca apoiou qualquer tentativa de fixar uma data para isso.
Está escrito:

"DEUS pôs sob o Seu domínio os tempos e as estações. E por que nos não concedeu DEUS esse conhecimento? Porque se no-lo concedesse, não faríamos dele uso correto. Desse conhecimento resultaria um estado de coisas tal entre nosso povo que retardaria grandemente a obra de Deus na preparação de um povo que subsista no grande dia que está para vir. Não nos devemos absorver com especulações relativas aos tempos e estações que Deus não revelou. Jesus mandou que os discípulos "vigiassem", mas não por um tempo determinado. Seus seguidores devem estar na situação de quem espera as ordens do seu comandante; devem vigiar, esperar, orar e trabalhar à medida que se aproxima o tempo da vinda do SENHOR; mas ninguém poderá predizer justamente quando chegará esse tempo, porque "daquele dia e hora ninguém sabe". Mateus 24:36. Não podereis dizer que Ele virá daqui a um ano, ou dois, ou cinco anos, nem deveis postergar a Sua vinda com declarar que não se dará antes de dez ou vinte anos. ... Não nos é dado saber o tempo definido, nem do derramamento do ESPÍRITO SANTO, nem da vinda de CRISTO. Review and Herald, 22 de março de 1892." - Evangelismo, pág. 221.

É desejo de nosso SALVADOR, contudo, que estejamos atentos aos sinais que indicam a aproximação de Sua volta. Prova disso é a tremenda quantidade de textos encontrados em toda a Bíblia, falando a respeito de Sua volta e dos sinais que a precedem.

O SENHOR JESUS afirmou: "Ao cair da tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro. E pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Ora, sabeis discernir o aspecto do céu, e não podeis discernir os sinais dos tempos?" Mateus 16:2 e 3.

Há um sinal extremamente perigoso para nós e que tem recebido atenção, em certo sentido, de forma tremendamente errada: "E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim." Mateus 24:14. Por que seria um sinal perigoso? Por que lhe daríamos atenção de maneira errada?

Este sinal se torna um perigo para a igreja quando, em vez de nos preocuparmos em pregar o evangelho para que JESUS volte logo, começamos a achar que falta muito ainda a ser feito para que o evangelho seja, realmente, pregado em todo o mundo. Somos assim, levados a dizer, inconscientemente, não em palavras mas em nossa maneira de viver: "meu SENHOR tarde virá". Mateus 24:48. Seria esse o motivo de a igreja estar vivendo tão indiferentemente no que diz respeito ao preparo para a volta de JESUS?

Quando o evangelho for pregado a todo o mundo, não haverá mais tempo de preparo; o fim terá chegado e a porta da graça estará se fechando. De fato, o destino dos membros da igreja será decido bem antes disso, antes de o evangelho acabar ser pregado a todo o mundo.


A pregação do evangelho chegará ao fim somente depois do derramamento da Chuva Serôdia, a qual será derramada sobre a igreja durante a sacudidura. Essa sacudidura se divide em duas partes. A primeira parte se dará dentro da igreja, quando estiver ocorrendo um despertamento. Ellen White escreveu: "Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da Testemunha verdadeira à igreja de Laodicéia. Isto produzirá efeito no coração daquele que o receber, e o levará a empunhar o estandarte e propagar a verdade direta. Alguns não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isto é o que determinará a sacudidura entre o povo de DEUS." - Primeiros Escritos pág. 270.

O reavivamento será tão grande e significativo que "DEUS reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu ESPÍRITO" Serviço Cristão, pág. 253. Por outro lado, esse reavivamento despertará toda a fúria do inimigo, que partirá para o ataque direto contra a igreja, o que dará início à perseguição.

"A religião que em nosso tempo prevalece não é do caráter puro e santo que assinalou a fé cristã nos dias de CRISTO e Seus apóstolos. É unicamente por causa do espírito de transigência com o pecado, por serem as grandes verdades da Palavra de DEUS tão indiferentemente consideradas, por haver tão pouca piedade vital na igreja, que o cristianismo, é aparentemente tão popular no mundo. Haja um reavivamento da fé e poder da igreja primitiva, e o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se as fogueiras da perseguição." O Grande Conflito pág. 48.

O inimigo não é tolo; não pensem que ele vai levantar qualquer perseguição contra a igreja enquanto ela estiver adormecida.

A perseguição faria com que a igreja se despertasse, buscasse a ajuda divina, e isso ele não quer. Sabem qual é a coisa que o inimigo mais teme? "Não há coisa alguma que Satanás tema tanto como que o povo de DEUS desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o SENHOR possa derramar Seu ESPÍRITO sobre uma enfraquecida igreja." Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 124.

Quando o inimigo perceber que está perdendo a batalha contra um reavivamento genuíno entre o povo de DEUS, sua fúria não conhecerá limites e ele se lançará com tudo o que puder contra a igreja. Será quando começará a segunda parte da sacudidura, quando começará a perseguição. Será então que a pregação do evangelho alcançará os confins da Terra.

"Quando a tormenta da perseguição realmente irromper sobre nós, ... a mensagem do terceiro anjo se avolumará num alto clamor, e toda a Terra se iluminará com a glória do SENHOR." Testimonies, vol. 6, pág. 401.

Alguns, agora, ficarão surpresos: NÃO É QUANDO A PORTA DA GRAÇA SE FECHA QUE O DESTINO DOS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA SERÃO DECIDIDOS; É NA SACUDIDURA. Mas, o que causará maior surpresa ainda será a afirmação de que não é na segunda fase da sacudidura, na perseguição propriamente, que os casos estarão sendo decididos para a vida ou para a morte entre o povo de DEUS, será na primeira. A segunda fase da sacudidura apenas limpará a igreja daqueles que não receberam a Chuva Serôdia e ainda não saíram dela.

"Só os que estiverem vivendo de acordo com a luz que têm recebido poderão receber maior luz. A não ser que nos estejamos desenvolvendo diariamente na exemplificação das ativas virtudes cristãs, não reconheceremos as manifestações do ESPÍRITO SANTO na chuva serôdia. Pode ser que ela esteja sendo derramada nos corações ao nosso redor, mas nós não a discerniremos nem a receberemos." Testemunhos Para Ministros, pág. 507.


Mas, a Chuva Serôdia não será derramada enquanto não houver um reavivamento sério, verdadeiro, não um reavivamento de "faz de conta". Ele será tão sério que "alguns não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isto é o que determinará a sacudidura entre o povo de DEUS." - Primeiros Escritos Pág. 270. Muitos não gostarão das mudanças espirituais que haverá na igreja e sairão dela.

"O grande derramamento do ESPÍRITO DE DEUS, o qual ilumina a Terra toda com Sua glória, não há de ter lugar enquanto não tivermos um povo esclarecido, que conheça por experiência o que seja ser cooperador de DEUS. Quando tivermos uma consagração completa, de todo o coração, ao serviço de CRISTO, DEUS reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu Espírito; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte dos membros da igreja não forem cooperadores de DEUS." - Serviço Cristão, pág. 253.

A preocupação da Igreja Adventista do Sétimo Dia, não deveria ser apenas a pregação do evangelho, mas a busca pessoal, por parte de cada membro, da presença de DEUS em suas vidas. Isso não quer dizer que devamos deixar de pregar o evangelho, de maneira nenhuma. Quer dizer que quanto mais perto de DEUS estivermos, mais poder receberemos do Céu. "O mundo ficará convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas pelo que a igreja vive. O ministério anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja demonstra seu poder." Serviço Cristão Pág. 67.

Falta na igreja o que foi mencionado na profecia: "tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O ESPÍRITO e o poder de DEUS serão derramados sobre Seus filhos." O Grande Conflito, pág. 464.

Você sabia que a grande maioria dos seus amigos, muitos parentes, e a esmagadora maioria das pessoas com as quais você entra em contato todos os dias vai morrer? Para quantas dessas pessoas você já disse que "o salário do pecado é a morte", que JESUS vai voltar em breve e que elas podem se salvar? Quantas pessoas que você conheceu morreram nos últimos 5 ou 10 anos? Quanta chance tiveram essas pessoas de mudar de vida? O que você está fazendo por seus amigos que vão morrer? Está escrito: "Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei." Ezequiel 3:18.


O que essas pessoas significam para nós? Elas são almas ou troféus? Como cuidamos do seu crescimento espiritual? Quantas pessoas são batizadas sem terem recebido o devido preparo e entram muito fracas na igreja, deixando de ser atendidas pelos irmãos que deveriam torná-las fortes? Não é sem razão que muitos brincam, dizendo que costumamos abrir a porta da frente da igreja e esquecemos de fechar a porta dos fundos. Sim, para muitas pessoas, a passagem pela igreja tem sido tão rápida, que poderíamos ironizar que mal tiveram tempo de se sentar; passaram direto!

Somos, muitas vezes, tremendamente hipócritas, pois vivemos citando textos bíblicos dos quais nem conhecemos o significados. Querem um exemplo? Tiago 2:17: "Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma." Para que usamos esse texto quando estamos dando um estudos bíblicos? Não é apara ensinarmos aos estudantes que devemos guardar os mandamentos, pois "a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma"?

Quantas vezes já paramos para ler o verdadeiro contexto desse versículo? Vocês já se deram conta de que não é simplesmente da guarda dos mandamentos que o apóstolo está falando? Leiamos o texto todo, sem pular nada: "Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês tu que DEUS é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem." Tiago 2:14-19.

Muitas vezes, quando lemos esse texto para ensinar a guarda dos mandamento a outras pessoas, o próprio DEUS pode estar dizendo a nosso respeito: "...repousas na lei, e te glorias em DEUS; e conheces a Sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei... que tens na lei a forma da ciência e da verdade; tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo?" (Romanos 2:17-21) "devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas" (Mateus 23:23). "Pelas tuas palavras serás condenado." (Mateus 12:37).

Quando lemos há, poucos minutos atrás, sobre um "avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos" (O Grande Conflito, pág. 464), alguns devem ter ficado curiosos, querendo saber como foi isso. Está escrito: "Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um". Atos 2:44 e 45. "Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade". Atos 4:32-35. A coisa era tão séria que, quando Ananias e Safira fingiram ter a mesma piedade, morreram pelo juízo divino. Atos 5:1-16.

Gandi disse, certa vez: "não sou cristão por causa dos cristãos". Somos, aqui, obrigados a nos lembrar novamente das palavras da pena inspirada: "O mundo ficará convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas pelo que a igreja vive. O ministério anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja demonstra seu poder." Serviço Cristão Pág. 67.

Talvez alguns achem que esta mensagem é pesada demais. Deixem-me citar-lhes a resposta a isso vinda da pena inspirada: "... "És tu o perturbador de Israel?" ... Há muitos professos cristãos que, se expressassem seus reais sentimentos, diriam: Que necessidade há de falar tão claramente? Seria o mesmo que perguntar: Que necessidade havia de João Batista dizer aos fariseus: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?" Lucas 3:7. Que necessidade tinha ele de provocar a ira de Herodias dizendo a Herodes que não lhe era lícito possuir a mulher de seu irmão? O precursor de CRISTO perdeu a vida por falar claramente. Por que não podia ele ter prosseguido sem incorrer no desprazer dos que estavam vivendo em pecado?

Assim homens que deviam permanecer como fiéis guardiões da lei de DEUS têm argumentado, a ponto de a astúcia tomar o lugar da fidelidade, e o pecado ser deixado sem reprovação. Quando será a voz da fiel reprovação ouvida uma vez mais na igreja?" - Profetas e Reis págs. 139-141.


"Há necessidade hoje da voz de severa repreensão, pois graves pecados têm separado de DEUS o povo. A infidelidade está depressa tornando-se moda." Idem.

Falando ainda sobre o testemunho direto que determinaria "a sacudidura entre o povo de DEUS," Ellen White escreveu ainda: "Vi que o testemunho da Testemunha verdadeira não teve a metade da atenção que deveria ter. O solene testemunho de que depende o destino da igreja tem sido apreciado de modo leviano, se não desatendido de todo. Tal testemunho deve operar profundo arrependimento; todos os que o recebem de verdade, obedecer-lhe-ão e serão purificados." - Primeiros Escritos, pág. 270.

Está mais do que claro que é preciso que haja um reavivamento espiritual sério na igreja. Todos nós já entendemos isso perfeitamente. Paira, no entanto, na mente de muitos, a pergunta: Quando é que isso vai começar a acontecer? Quando a mais desejada de todas as mudanças irá ter seu início, para que o ESPÍRITO SANTO possa ser derramado sobre a igreja?

Fonte:http://geocities.yahoo.com.br/luzesdaalvorada/temas/fimdagraca.html

VISÕES DE WILLIAN FOY



O texto abaixo foi extraído livro Mensageira do Senhor, do pastor Herbert E. Douglass, publicado pela Casa Publicadora Brasileira e definido como "Livro do Ano 2003".

William Ellis Foy (c. 1818-1893), um negro norte-americano na faixa dos vinte anos de idade, recebeu diversas visões dramáticas em 1842, vários anos antes daquelas recebidas por Hazen Foss e Ellen Harmon. A primeira (18 de janeiro) durou duas horas e meia, e a segunda (4 de fevereiro) vinte horas e meia! Seu estado durante as visões assemelhava-se ao estado de transe de Daniel.
O relato é de que ele não respirava, apresentava considerável perda de força, não conseguia falar, etc. Informações adicionais sobre William Foy podem ser encontradas em The Unknown Prophet (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1987), de Delbert W. Baker.
Pastor batista voluntário de talentos extraordinários, sua primeira visão foi relatada a uma congregação metodista. Depois desta visão, sua pregação, cheia de zelo e vigor, passou a centralizar-se na proximidade do Advento e na preparação para o acontecimento.
Baker não concorda com a opinião popular de que Ellen Harmon mais tarde preencheu a responsabilidade atribuída primeiramente a Foy.
"William Foy trabalhou como porta-voz de Deus para o movimento do Advento no período do pré-desapontamento, enquanto Ellen White se tornou a profetisa do pós-desapontamento. Foy falou aos primeiros adventistas, assegurando-lhes o interesse pessoal de Deus e estimulando-lhes a um maior reavivamento e reforma. Ele trouxe à luz oportunas verdades que, se compreendidas, teriam posteriormente poupado o povo de Deus do grande Desapontamento ou pelo menos tê-lo-iam preparado para ele. Foy recebeu um número limitado de visões com um objetivo definido. Ele nunca sugeriu que seu papel profético se estenderia além de 1844, ou que receberia outras visões.
"Uma desencaminhadora generalização que muitas vezes se faz é a de que, se Foy for aceito como profeta verdadeiro do movimento do Advento (pré-adventista do sétimo dia), ele também deve ser profeta do movimento adventista do sétimo dia por todo o tempo restante. Esta crença, embora compreensível, não encontra base real." – Delbert Baker, "William Foy, Messenger to the Advent Believers", Adventist Review, 14 de janeiro de 1988.

Algumas vezes antes de 22 de outubro de 1844, Ellen Harmon ouviu Foy pregar no Salão Beethoven em Portland, Maine. Algumas semanas depois, pouco antes da primeira visão dela em dezembro de 1844, Foy estava presente numa reunião realizada perto de Cape Elizabeth, Maine, durante a qual ela falou da primeira visão. "Quando ela começou, Foy ficou fascinado com o que ela dizia. Deixou-se levar pelo entusiasmo e empolgação que acompanharam a apresentação dela. Ela falou das coisas celestiais – de orientações, luzes, imagens – coisas familiares a Foy. ... Arrebatado pela alegria do momento, ele não pôde mais se conter. De súbito, no meio da apresentação de Ellen, Foy bradou de júbilo, erguendo-se sobre os pés e ‘saltou inflamadamente para baixo e para cima’. Segundo Ellen se lembra: ‘Oh! Ele louvou o Senhor, ele louvou o Senhor.’
"Ele repetiu várias vezes que a visão dela era justamente a que ele tinha visto. Ele sabia que não havia como falsificar tal experiência. A dela era legítima." Baker, The Unknown Prophet, págs. 143 e 144.
Em 1906 Ellen White lembrou-se de suas conversas com William Foy. Ela recordou que ele tivera quatro visões, todas antes da primeira visão dela: "Elas foram escritas e publicadas, e é [estranho] que eu não consiga encontrá-las em nenhum de meus livros. Mas nós nos emocionamos tantas vezes." E depois ela fez um elogio muito significativo a Foy: "Foram notáveis os testemunhos que ele deu." Ellen White, "William Foy", Depositários do Patrimônio Literário White, Arquivo Documental 231.
Apenas duas das visões de Foy foram publicadas em seu livro The Christian Experience of William E. Foy Together With the Two Visions He Received in the Months of January and February, 1842 (Portland, ME: The Pearson Brothers, 1845). A terceira é resumida por J. N. Loughborough em Rise and Progress of the Seventh-Day Adventists (RPSDA) (Reimpresso por Payson, AZ: Leaves-of-Autumn Books, 1988), pág. 71. Não se dispõe de nenhuma informação sobre o conteúdo da quarta visão.
Às vezes se faz uma comparação entre a história da vida e visões de William Foy e Ellen Harmon. Ambos passaram por conflitos espirituais perturbadores antes das visões, ambos sentiram grande aversão em relatar as visões publicamente. Ocasionalmente, ambos usaram expressões comuns da época, como "confortar os santos".
Embora existam alguns paralelos verbais entre as visões de Foy e as de Ellen Harmon, existem importantes diferenças no conteúdo. Ao descrever a viagem de alguém que havia acabado de morrer como indo para o Céu em uma carruagem, Foy não menciona a ressurreição no Segundo Advento, pois cria na imortalidade da alma. Foy vê uma montanha na qual estava impresso em letras de ouro: "O Pai e o Filho", fornecendo um pano de fundo para a cena do juízo. Nada semelhante é encontrado nos registros das visões de Ellen Harmon.
[Acréscimo do Editor: "No lado direito do monte, apareceu um poderoso anjo, com roupas como ouro polido; suas pernas eram como colunas de chamas de fogo, seu semblante era como relâmpago e sua coroa deu luz a esse lugar perfeitamente plano; aqueles que não tinham passado pela morte não puderam olhar para seu semblante. Eu, então, contemplei sobre o lado desse monte letras como que de puro ouro que diziam: “O PAI E O FILHO”. Logo debaixo dessas letras estava o poderoso anjo, cuja coroa iluminou o lugar, e toda a hoste celeste adorou a seus pés, ao redor do monte. Esse poderoso anjo, então, levantou sua mão direita, que parecia como uma espada flamejante, e toda a multidão daqueles que não tinham passado pela morte foram levados para o topo do monte; e havia um grande livro aberto, e seus nomes foram tirados do livro em forma de cartões, que estavam estampados sobre suas frontes." -- Traduzido de The Christian Experience of William E. Foy, Together With the Two Visions He Received in the Months of Jan. and Feb. 1842, págs. 12-13.
Clique aqui para baixar a tradução em português, em formato *.doc do Word deste livro de William Foy.]

Tanto Foy quanto Harmon (White) descrevem a árvore da vida empregando palavras comuns tais como "o fruto parecia cachos de uvas em painéis de puro ouro" (Foy) e "o fruto era esplêndido; tinha o aspecto de ouro misturado com prata" (White). Falando sobre comer o fruto, Foy se lembrou: "O guia então me falou dizendo: ‘Os que comem do fruto desta árvore não voltam mais para a Terra.’" White escreveu: "Pedi a Jesus que me deixasse comer do fruto. Ele disse: ‘Agora não. Os que comem do fruto deste país não voltam mais para a Terra.’"

As dessemelhanças contextuais saltam aos olhos. Ambos se referem a um grande grupo de remidos formando um "quadrado perfeito". Foy escreveu que as pessoas desse grupo eram do "tamanho de crianças de dez anos de idade" e que cantavam um "cântico que os santos e os anjos não podiam cantar". Para Ellen White: "Ali sobre o mar de vidro, os 144.000 ficaram em quadrado perfeito."
No entanto, se as visões de Foy foram autênticas e fielmente reveladas, não devíamos esperar semelhanças e paralelos, pelo menos até certo ponto? Mas o conteúdo conceitual geral das visões publicadas de Foy não corresponde ao das visões de Ellen White.

Parece evidente que, se as visões de Ellen Harmon não passassem de cópia das primeiras visões de Foy, os Pearson teriam sido os primeiros a perceber a fraude, especialmente considerando que o Pai Pearson era tão sensível e desconfiado de visões e outras chamadas manifestações do Espírito. O Pai Pearson creu na autenticidade de William e continuou a apoiar solidamente Ellen Harmon.
Foy continuou a pregar para os Batistas do Livre-Arbítrio. Na década de 1860 ele se estabeleceu nas proximidades de East Sullivan, Maine, onde pastoreava uma igreja e trabalhava em sua pequena fazenda. "‘O Pastor Foy’, conforme o chamavam, era grandemente estimado e amado naquela região. A tradição oral afirma que ele era amistoso e amável, embora de fortes convicções. A história local afirma que Foy era excelente pregador e pastor experiente." – Baker, The Unknown Prophet, pág. 158.

Ele morreu aos 75 anos de idade e foi enterrado perto de Ellsworth, Maine, onde seu túmulo pode ser encontrado no Birch Tree Cemetery.
(Extraído, incluindo notas de rodapé, do livro Mensageira do Senhor, de Herbert E. Douglass, publicado pela Casa Publicadora Brasileira, págs 38-42.)
Na lápide de de William Foy, consta a frase bíblica: "Combati o bom combate."

A Experiência Cristã de William E. Foy
Juntamente com
AS DUAS VISÕES
que Ele Recebeu nos Meses de Janeiro e Fevereiro de 1.842.


Portland

1.845

Notas

Comenta-se freqüentemente quando um trabalho desta natureza é posto diante do público: “Eu não creio em sonhos e visões”. Pois bem, os que falam assim são bem-vindos em sua própria incredulidade exigente. O objetivo na publicação destas visões não é beneficiar ou rejeitar indiscriminadamente cada coisa desse tipo; nenhuma de tais expectativas é acariciada. Mas um sério desejo de confortar e encorajar os queridos santos de Deus em sua cansativa peregrinação, por meio de um vislumbre da bem-aventurança, aguardando o fidedigno final que tem nos impulsionado nesse caminho. E não há nenhuma dúvida de que isso se provará para eles um rico e revigorante alimento.

Que Deus Se manifeste a Seus filhos em visões, os registros de longa idade abundantemente testificam. E nesse ponto, a Bíblia é clara e positiva. Aos patriarcas e profetas foram mostrados grandes e tremendos eventos que ainda estavam em futuro distante, pela agência de visões. Mas, pergunta-se freqüentemente quanto ao método de revelação dos eventos e cenas [5/6] do despertamento de pecadores, correção dos vacilantes e restauração dos santos na santíssima fé. Elas são publicadas tão próximas quanto possível em sua própria linguagem. Há uma belíssima semelhança nas visões dadas aqui com as visões de Ezequiel, Daniel e João. Por exemplo: a descrição do “anjo alto e poderoso” e do “mar de vidro”.
A visão do poderoso anjo tendo a pura trombeta de prata e o anúncio da grande e terrível voz é extremamente interessante e instrutiva.
Que os poucos desprezados e humildes que estão aguardando pacientemente o aparecimento de seu glorioso Rei possam ser refrigerados e confortados nesta hora de provação, enquanto lêem cuidadosamente estas visões, é a fervorosa oração dos Publicadores.


No ano de 1.835, com a pregação do Pastor Silas Curtis, eu fui levado a inquirir o que deveria fazer para ser salvo.
Os crentes me conduziram para o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Eu então comecei a orar seriamente a Deus em busca do perdão dos meus pecados; mas quanto mais eu orava, mais eu contemplava a pecaminosidade do meu coração; e por muitos dias eu temi que não houvesse misericórdia para mim; fui levado a ver que haveria justiça em Deus se Ele me abandonasse e me enviasse aonde esperança e misericórdia não pudessem me alcançar. Eu, então, senti vontade de desistir de tudo; e, naquele momento, Cristo me pareceu totalmente desejável e o principal entre dez milhares, e comunicou a palavra doadora de vida à minha alma. Eu, então, me regozijei no Deus da minha salvação, ao passo que todas as coisas em torno de mim pareceram novas, resplandecendo com a glória de Deus. Então meu [7/8] coração pôde se unir ao canto dos anjos: “Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra e boa vontade para os homens.”. Eu, então, vi tal perfeição em Cristo que queria proclamá-la a todo o mundo. Oh! A glória de Deus que encheu a minha alma! Três meses se passaram em que desfrutei a doce comunhão com meu Deus. Eu fui, então, lançado em uma prova por aqueles que deveriam ter sido pais em Israel e assim permaneci muitos dias, lutando em oração, mas o Senhor sabe como livrar os justos da provação. Um pai em Israel que eu visitei nesse tempo me deu instrução que se provou uma benção para minha alma. Então, eu me matriculei na Escola Sabatina, lá fui instruído pela primeira vez em como ler a Palavra de Deus e em breve me tornei capaz de ler minha pequena Bíblia. Imediatamente o dever do batismo pesou sobre mim e, depois de três meses de desobediência, compareci perante a igreja e relatei as comunicações de Deus com minha alma; e, no dia seguinte, fui mergulhado no riacho pelo irmão S. Curtis e fui sepultado com meu Salvador no batismo. Aí eu experimentei o cumprimento da promessa: “Os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.”; enquanto eu saía da água, pareceu-me que os céus abertos resplandeceram ao meu redor e eu clamei em alta voz, dizendo: “Glória a Deus e ao [8/9] Cordeiro que estão assentados no trono.”.
Em 18 de janeiro de 1.842, eu congreguei com o povo de Deus em Southart St., Boston, onde os crentes estavam empenhados em solene oração e minha alma se alegrou no amor de Deus. Eu fui imediatamente tomado como que em agonias de morte, meu fôlego me deixou e pareceu-me que eu era um espírito separado deste corpo. Eu, então, contemplei alguém vestido de roupas brancas, cujo semblante resplandecia mais que o brilho das estrelas, e uma coroa estava sobre sua cabeça que resplandecia mais que o brilho do sol.
Esse resplandecente ser me tomou pela mão direita e me levou para a margem de um rio; no meio dele havia um monte de pura água. Na margem, eu contemplei uma multidão, tanto de pequenos quanto de grandes – eram os habitantes da Terra ainda em vida. Logo todos nós nos deslocamos para o oeste, caminhando sobre a água até alcançarmos o monte. Isso se tornou a linha de separação entre os justos e os ímpios. Os justos a cruzaram e passaram por três mudanças: 1º) seus corpos se tornaram gloriosos; 2º) eles receberam vestiduras puras e resplandecentes; e 3º) coroas brilhantes foram dadas a eles.
Mas, quando os ímpios chegaram, a marca onde os justos estavam foi mudada; eles clamaram por misericórdia e afundaram no monte. Os santos, então, passaram para uma planície sem limites, que tinha a aparência de pura prata. Nosso guia, então, falou e disse: “Essa é a planície do Paraíso”.
Essa hoste celeste foi, então, dividida em três grupos, sendo alguns muito numerosos, e outros, por sua vez, pouco numerosos. No meio de cada grupo havia um anjo. As vestiduras dos anjos eram puras e brancas e para cada um deles foi dada uma coroa, resplandecendo com grande brilho. Seus semblantes eram muito amáveis de se contemplar; suas asas como chamas de fogo sob as quais estavam os santos, tanto os pequenos quanto os grandes. O guia disse então: “Esses anjos são os que têm pregado o Evangelho na terra.” Eu, então, contemplei e havia como que uma grande porta diante de mim. A porta era tão alta que sua altura eu não fui capaz de ver. Ante a porta estava um alto e poderoso anjo vestido em roupas puras e brancas; seus olhos eram como chamas de fogo e ele usava uma coroa sobre sua cabeça que iluminava essa planície sem limites. O anjo ergueu sua mão direita, segurou a porta e a abriu; e à medida que ela dobrava seus brilhantes gonzos, ele clamou com alta voz para a hoste celeste: “Sejam todos bem-vindos!”. Então, os anjos guardiões, no meio dos santos, desferiram um cântico de triunfo, e os santos, tanto os pequenos quanto os grandes, cantaram em suas altas vozes e entraram pela porta; e os anjos guardiões voaram com suas asas brilhantes e desapareceram da minha vista. O interior da porta parecia de diamantes brilhantes. Sob nossos pés era como a aparência de puro vidro. Eu, então, contemplei incontáveis milhões de seres resplandecentes, vindo com cartões em [10/11] suas mãos. Esses seres resplandecentes tornaram-se nossos guias. Os cartões que eles possuíam resplandeciam acima do brilho do sol; e eles os colocaram em nossas mãos; mas os nomes deles eu não pude ler. Esse guias nos seguraram pela mão direita e nos conduziram a um lugar sem limites. Então eu ergui meus olhos e olhei para cima: nuvens ou céus não apareciam; mas havia incontáveis milhões de anjos brilhantes, cujas asas eram como puro ouro; e eles cantaram com altas vozes, enquanto suas asas clamavam: “Santo! Santo!”. Eu, então, contemplei uma inumerável multidão vestida de roupas brancas, com cartões sobre seu peito; e para cada um deles foi dada uma coroa de brilho. O guia se expressou, dizendo: “Esses são os que não passaram pela morte.”.

Havia diante de mim, em espírito, uma inumerável multidão, que não tinha passado pela morte; suas coroas eram como o brilho das estrelas e, em suas mãos direitas, eles seguravam cartões. Eu vi, então, uma pessoa que tinha passado pela morte. Seu brilho estava além da expressão de mortais e ao seu lado direito estava um anjo guardião: as roupas do anjo eram como o puro ouro e suas asas como chamas de fogo, e assim que ela passou por mim, clamou com amável voz: “Eu estou indo para o portal a fim de encontrar meus amigos.”. Um anjo, então, apareceu voando pelo meio dessa planície sem limites, veio ao espírito de um daqueles [11/12] que não tinham passado pela morte e clamou com uma forte voz, dizendo: “Essa é minha mãe.”. Ele, então, se tornou seu guia. Eu, então, contemplei no meio dessa planície sem limites um alto monte como de pura prata. Parecia perfeitamente redondo, e, embora eu não fosse capaz de ver através dele, mesmo assim minha visão se estendeu ao seu redor. Em derredor desse monte, havia um espaço no qual não havia nenhum ser. Mas depois desse círculo vago, estava, como me pareceu, um coro de anjos, e tanto quanto minha vista estendeu-se, através desse lugar sem limites, estavam incontáveis milhões de justos. E, oh, o cântico, nenhum mortal pode descrever! Pareceu-me que os anjos próximos do círculo ao redor do monte, com altas vozes, desferiram um amável canto e depois cessaram. Os santos próximos deles os acompanharam e, com vozes ainda mais fortes, repetiram-no: e assim ecoaram e ecoaram novamente, até ter sido cantado por todos os santos e então cessaram; e, então, de novo os anjos cantaram.
No lado direito do monte, apareceu um poderoso anjo, com roupas como ouro polido; suas pernas eram como colunas de chamas de fogo, seu semblante era como relâmpago e sua coroa deu luz a esse lugar sem limites; aqueles que não tinham passado pela morte não puderam olhar para seu semblante. Eu, então, contemplei sobre o lado desse monte letras como que de puro ouro que diziam: “O PAI, E [12/13] O FILHO.”. Logo debaixo dessas letras estava o poderoso anjo, cuja coroa iluminou o lugar, e toda a hoste celeste adorou a seus pés, ao redor do monte. Esse poderoso anjo, então, levantou sua mão direita, que parecia como uma espada flamejante, e toda a multidão daqueles que não tinham passado pela morte foram levados para o topo do monte; e havia um grande livro aberto, e seus nomes foram tirados do livro em forma de cartões, que estavam estampados sobre suas frontes.
Nós, então, ficamos outra vez sobre esse puro mar de vidro, diante do monte; e nossos corpos tornaram-se como vidro transparente, mas o ser que estava no monte, eu não fui capaz de contemplar. Enquanto eu estava olhando, maravilhado, as glórias diante de mim, uma grande voz clamou no monte, o lugar foi fortemente sacudido e a incontável multidão de santos e anjos reverenciou aos pés do poderoso anjo e o adorou, clamando com uma forte voz: “Aleluia!”. E, então, cada um se calou, e a hoste celeste permaneceu reverenciando ante o anjo em solene silêncio; e nada foi ouvido exceto o tremor do lugar causado pela voz daquele que clamou no monte.
Eu, então, contemplei este baixo mundo, coberto como estava em montes revolvendo de chamas, e, nesse fogo, eu vi uma incontável multidão clamando por misericórdia. Eles pareciam ser aqueles [13/14] que tinham chegado à idade do entendimento. Esses clamores subiram ao monte, enquanto toda a hoste celeste estava muda em solene tranqüilidade. A voz proveniente do monte clamou outra vez, todos os santos e anjos se ergueram e com voz forte clamaram: “Amém!”. Eu, então, comecei a conversar com meu guia, e inquiri por que não havia misericórdia para aqueles que eu tinha visto em aflição. Ele respondeu: “O Evangelho tem sido pregado para eles, os servos os têm advertido, mas eles não acreditaram; e quando o grande dia da ira de Deus vier, não haverá misericórdia para eles.”.
Eu, então, contemplei no meio desse lugar sem limites uma árvore, o tronco da qual era como vidro transparente, e os galhos eram como ouro transparente, estendendo-se por todo este lugar sem limites. Em cada galho da árvore estavam pequenos anjos. Havia uma inumerável multidão deles e eles cantavam com fortes vozes, e tal canto não tinha sido ouvido nesse lado do céu. Essa árvore estava também revestida da luz procedente do poderoso anjo. Sob essa árvore, estando sobre o mar de vidro, estavam os incontáveis milhões de justos, vestidos de roupas brancas, com coroas sobre suas cabeças e cartões sobre seu peito; e, na multidão, eu vi alguns que eu conheci enquanto eles estavam vivendo sobre a terra; eles estavam todos cantando com altas vozes e ergueram suas gloriosas mãos arrancando fruto [14/15] da árvore; o fruto parecia como cachos de uvas em quadros de puro ouro. Com uma voz amorável, o guia, então, falou a mim e disse: “Aqueles que comem do fruto dessa árvore não mais voltarão à terra.”. Eu ergui minha mão para participar do fruto celestial, para que eu não pudesse retornar mais para a terra; mas quê! Eu imediatamente me achei novamente neste solitário vale de lágrimas.

O dever de declarar as coisas que me tinham sido mostradas aos meus semelhantes e adverti-los a fugir da ira vindoura pesou sobre minha mente, mas eu fui desobediente tomando este ponto para uma desculpa: que meu guia não me mandou assim proceder, e eu, por essa razão, trouxe trevas e morte sobre minha alma. Mas, eu não podia encontrar paz ou conforto. Eu comecei a duvidar se realmente minha alma tinha alguma vez sido convertida, e, embora eu freqüentemente me reunisse com o povo de Deus, não obtinha nenhum alívio, mas me sentia angustiado e solitário. Eu não podia obter nenhum acesso em oração. Por fim, para escapar à cruz de ir e pessoalmente declarar ao mundo, eu decidi publicar a mensagem. Ainda nisso eu não pude achar nenhum alívio, além de ter ajuntado uma dívida da impressão, o qual era um esboço muito imperfeito; e realmente eu não era capaz de relatar para aquele propósito. Mas, o Senhor, em Sua misericórdia, tratou-me com indulgência para contemplar a tarde de 4 de fevereiro de 1.842, quando eu me reuni com o povo de Deus em May St.. Uma grande congregação estava reunida e [15/16] os crentes estavam empenhados em exortação e oração. Mas eu não desfrutei de nenhuma presença sensível de Deus.
Na última parte da tarde, estando a casa muito cheia, eu dei meu assento a um amigo que tinha estado em pé durante a tarde. Enquanto eu estava assim em pé, comecei a refletir em minha desobediência; e, enquanto estava assim concentrado, de repente eu ouvi uma voz, que parecia, no espírito, falando a mim. Eu imediatamente caí ao chão e não soube nada acerca deste corpo até que doze horas tivessem passado, como eu fui depois informado.
Pareceu-me que eu era um espírito separado deste corpo, estando sozinho sobre a terra. Nenhum outro ser parecia estar comigo. A terra tinha a aparência de um lugar sem limites. O sol brilhava em seu esplendor, como naturalmente brilha ao meio dia. Eu, então, contemplei uma nuvem subindo do oeste, que veio e cobriu o sol, de tal forma que ficou escuro, e todo o céu se tornou como pano de saco; então alguma coisa além da expressão do homem mortal irrompeu do céu, do sul até o norte. Era como uma barra flamejante de fogo; e imediatamente depois, alguém apareceu, o qual é impossível para mim descrever. Eu, então, contemplei inumeráveis multidões vindo dos quatro cantos da terra, o quais foram reunidos diante dessa barra e lá ficaram em solene silêncio, enquanto palidez [16/17] tomou conta de todos os semblantes. Imediatamente eles foram trazidos a essa barra e os corpos dos santos foram transformados, tornando-se como ouro transparente; eles foram revestidos em luz e vestes reluzentes; coroas de luz foram colocadas sobre suas cabeças e cartões brilhantes sobre seu peito; e cantando suavemente eles passaram pela barra de fogo. Mas os ímpios não foram capazes de passar. O mundo abaixo parecia envolto em trevas e fogo; nesse, os ímpios desapareceram da minha vista, clamando por misericórdia. Eu contemplei mães com seus filhos nos braços vindo para a barra flamejante, os corpos dos filhos tornaram-se como ouro transparente e sobre as asas de fogo flamejante, elas passaram a barra, cantando com vozes amoráveis e, mães não santificadas, clamando por misericórdia, afundaram abaixo.
Eu, então, contemplei uma inumerável multidão, vindo das águas, e uma multidão inumerável, vindo da terra, vestidos com roupas brancas, com cartões sobre seu peito e, cantando com fortes vozes, eles passaram por essa barra, e receberam coroas de glória sobre suas cabeças.
Eu, então, contemplei uma inumerável multidão vindo da terra, e alguns deles eu conheci, cujos nomes estavam arrolados nos livros da igreja na terra, alguns dos quais eu tinha visto comungando com os santos de diferentes denominações, e alguns que tinham professado [17/18] ser pregadores do Evangelho. Embora eles fizessem altas profissões, não foram encontrados dignos, mas clamavam por misericórdia e afundaram com aqueles que tinham blasfemado. Quando nós passamos a barra, nós entramos para um lugar sem limites que era iluminado com grande brilho. Perto do lugar através do qual nós passamos, eu contemplei um poderoso anjo revestido em puras roupas brancas, tendo uma coroa de brilho na sua cabeça. Ele pareceu estar olhando fixamente através da barra, e seus olhos como lâmpadas estavam fixados com firmeza sobre a terra. Ele estava com seu pé direito colocado adiante dele, como se estivesse andando; e seu objetivo parecia ser chegar à terra. Mas três passos faltavam para ele dar. Contra seu peito, e cruzando sua mão esquerda, estava, como parecia, uma trombeta de pura prata, e uma grande e terrível voz veio do meio do lugar sem limites, dizendo, “O sexto anjo ainda não tem tocado.”. Atrás do anjo, eu contemplei inumeráveis milhões de brilhantes carruagens, que tinham a aparência de puro ouro e eram perfeitamente quadradas. Cada carruagem tinha quatro asas como fogo flamejante. E, enquanto eu estava contemplando, uma das carruagens subiu sobre suas asas de fogo, e um anjo seguiu após a carruagem; e as asas da carruagem e as asas do anjo clamaram com uma forte voz, dizendo: “Santo! Santo!”. Eu olhei a carruagem, escutando o amorável som das asas. Passou pela terra; e lá apareceu um espírito [18/19] vestido com roupas brancas, como parecia, sobre um monte, e foi-lhe entregue uma coroa de brilho; ele entrou na carruagem com o anjo, e, em um momento, ele estava num lugar sem limites. Embora ele resplandecesse com grande brilho, assim mesmo eu conheci essa pessoa; era o referido pela testemunha que disse: “Eu vejo a carruagem vindo!”. Ele deixou esta vida apenas duas semanas depois que eu o vi em visão.
Eu, então, vi no meio do lugar uma inumerável multidão, vestida de roupas brancas, estando em quadrado perfeito, tendo coroas de indescritível glória sobre suas cabeças. Eles eram do tamanho de crianças de dez anos de idade, e eles cantaram um canto, que os santos e anjos não podiam cantar. No meio desse lugar sem limites, havia um rio de água pura e, no outro lado do rio, inumeráveis milhões de anjos estavam, com coroas de glória sobre suas cabeças; eles tinham em suas mãos taças como puro ouro e participaram da água do rio, cantando com fortes e amáveis vozes e o adorando, cuja coroa deu luz a esse lugar sem limites.
Então, um ser veio a mim vestido em roupas brancas, a quem eu chamei meu guia; ele me levou a um lugar como uma porta estreita. O primeiro que eu contemplei era um anjo poderoso, tendo sobre a mão direita um grande livro aberto diante dele; havia também um outro anjo com um livro aberto diante dele na mão esquerda. Meu guia, então, falou-me, dizendo: “Aqueles que se arrependem de seus pecados na terra são retirados do livro da esquerda, e registrados no da direita.”. Eu, então, contemplei anjos subindo e descendo também, e, da terra, eles traziam notícias para os anjos relatores.
Meu guia, agora, informou-me o que eu devia fazer, dizendo: “Teu espírito deve retornar para aquele mundo, tu deves revelar aquelas coisas que tu tens visto e também advertir teus semelhantes para fugir da ira vindoura.”. Eu, então, respondi para ele, dizendo: “Como posso eu retornar para aquele mundo?”. Ele me respondeu: “Eu irei contigo, apoiar-te-ei e te ajudarei para declarar essas coisas ao mundo.”. Então, eu respondi para o anjo: “Eu irei.”.
Eu, então, contemplei este baixo mundo. Parecia como se o véu que o tinha separado do lugar sem limites no qual eu estava fosse removido e eles tinham ambos se tornado como um: e os santos e anjos estavam continuamente passando de, e para, a terra. A terra parecia como um calmo mar de ouro transparente; acima dela nenhuma nuvem ou céu aparecia, mas o ar era perfeitamente puro, de um brilho prateado. Eu, então, ouvi todos os santos e anjos, no céu e na [20/21] terra, cantando com altas vozes. Meu guia, então, voou com suas asas, trouxe meu espírito gentilmente para a terra e foi embora voando; e imediatamente eu me achei no corpo.
Apesar da ordem do meu guia e minha solene promessa de declarar essas coisas ao mundo, eu estava num primeiro momento muito indisposto para fazer assim, e se passaram três dias antes que eu os revelei de uma maneira pública.
A mensagem era tão diferente – e a maneira em que a ordem foi dada tão diferente de qualquer que eu já tivesse ouvido, e sabendo do preconceito contra aqueles de minha cor, a incumbência me era muito pesada.
Estas questões estavam continuamente surgindo. Por que deveriam essas coisas ser dadas para mim, para levá-las ao mundo, e não para aprendê-las somente, a um de uma diferente condição da minha própria?” Mas nenhuma paz poderia eu obter em desobediência. “Que será de mim se eu não declarar essas coisas?”, era o peso sobre minha alma.
Em 6 de fevereiro, o Pastor da igreja de Broomfield St. me chamou e me pediu para relatar minhas visões em sua casa de oração. Vários membros daquela igreja estavam presentes e estavam ansiosos que eu concordasse. Eu consenti; e a designação foi feita para mim depois de meio dia. Depois que eles tinham deixado, eu me arrependi de ter tomado tal passo.
[21/22]
A manhã do dia 7, contudo, encontrou minha mente calma e em paz; mas como a hora da reunião se aproximasse, tentações começaram dolorosamente a me afligir. Eu temi que meu guia não estaria comigo, e eu não seria capaz de contar ao povo as coisas que tinham sido mostradas para mim. Um grupo de irmãos, simpatizando comigo, acompanharam-me à reunião. Entrando na casa, eu encontrei uma grande congregação reunida, e cada pessoa parecia como um monte. Eu fiquei com tanto medo do homem que pedi ao pastor para abrir a reunião com oração: falando a ele, eu pensei que eles seriam obrigados a ter uma reunião de oração. Mas, enquanto ele estava se comunicando com o trono da graça, parecia como se eu ouvisse uma voz, falando a mim, dizendo: “Eu estou contigo e eu prometi estar contigo.”. Meu coração, então, começou a queimar dentro de mim, o medo do homem desapareceu e indescritível glória encheu minha alma. Eu, então, relatei, com grande liberdade, as coisas a mim mostradas, enquanto a congregação permaneceu em perfeito silêncio. A partir desse tempo eu viajei por três meses dando minha mensagem para casas lotadas, desfrutando a contínua paz de minha mente. Mas, depois disso, eu comecei a temer que minha família viesse a requerer minha ajuda, e assim fui trabalhar com minhas mãos, o que continuei fazendo por três meses. Mas eu não pude encontrar nenhum descanso dia e noite, até que novamente eu me liguei ao [22/23] realizar meu dever. Desde então, eu tenho viajado de lugar a lugar, e sofrido alguma perseguição, mas a promessa de meu guia nunca tem falhado. Sua presença fortalecedora tem estado comigo.
Meu objetivo na publicação dessas visões é para confortar os santos. Eles têm manifestado uma grande consideração por mim, em tempos de tentação e prova.
Freqüentemente nas horas silenciosas da noite eu pareço ouvir novamente a doce melodia dos anjos; e quando quer que meu coração tenha sentido tristeza e solidão, as coisas a mim mostradas por aquele anjo tem me erguido acima das cenas de provação da terra.
Meu desejo é que os filhos de Deus possam ser abençoados da mesma maneira. Eu estou agora esperando pelo meu Senhor vindouro. Embora antes do Senhor Se dignar a me mostrar coisas, celestes coisas, eu era contrário à doutrina do próximo aparecimento de Jesus. Eu estou agora esperando por aquele evento. Eu espero em breve ver o alto e poderoso anjo. Então deverei eu estar satisfeito, quando eu despertar em sua semelhança.
“Vós santos de Deus, erguei vossas cabeças, pois as glórias de uma terra renovada em breve serão vossas.
“O que os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem tem entrado no coração do homem, são as coisas que Deus têm preparado para aqueles que o amam. Mas Deus as têm revelados por meio de Seu Espírito; pois o Espírito penetra todas as coisas, sim, até as coisas profundas de Deus.”
[23/24]

POSTURA AO ORAR



COMENTÁRIO A RESPEITO DO ARTIGO DE ANGEL MANOEL SOBRE A POSTURA CORRETA NA ORAÇÃO. (REVISTA ADVENTISTA, SETEMBRO DE 2004) OBS. AS PALAVRAS DO ARTIGO CITADO ESTARÃO EXPRESSAS EM ITÁLICO.

Freqüentemente tem sido perguntado sobre a postura correta na oração. Alguns radicalmente chegam ao ponto de afirmar que qualquer postura para a oração é correta sob qualquer circunstância e em qualquer local, outros que a oração de joelhos é a oração essencial sobre qualquer circunstância e em qualquer local. O assunto tem causado polêmica entre a IASD porque mantêm a “Tradição” de orar em pé na doxologia do culto.
Em virtude a isso a RA/setembro de 2004 lançou o artigo “Postura ao orar” enfatizando diversas posturas advindas de alguns textos da Bíblia e do Espírito de Profecia. Diante disso e de um estudo sobre o assunto, bem como a preocupação de muitos sobre o tema mencionado, quero fazer meu comentário sobre o artigo pois o autor fez algumas alusões contraditórias que merecem ser estudadas passo a passo.

“A questão é oriunda dos ensinos de alguns bem-intencionados membros da igreja, fundamentados em estudo pessoal, que chegaram à conclusão de que todas as orações na igreja devem ser proferidas de joelhos dobrados.”
“O assunto revela que para tais membros da igreja a oração é muito importante e significativa.”


Ao descrever o número de irmãos (e cada vez mais crescente) que após estudo pessoal chegaram a conclusão mencionada, é descrito que a oração para os mesmos é muito importante e significativa. Um belo elogio feito pelo autor no qual no último parágrafo é contraditório a alusão que descreve os mesmos irmãos tendo “religiosidade questionável” é absurda. Muitos, na maioria das vezes se ajoelha na oração em conformidade com sua fé, e não para menosprezar aqueles que estão de pé. O mesmo autor descreve em parágrafos subsequentes que “Ajoelhar-se era a expressão ritual da entrega voluntária, sem reservas, do suplicante a Deus. Pelo ato de ajoelhar-se os adoradores baixavam voluntariamente ao pó, do qual foram criados os seres humanos, entregando, em oração, a vida ao Senhor.” Como pode o autor ao expressar essas palavras em seu texto dizer no mesmo texto que tais irmãos que se ajoelham mostram religiosidade questionável?

“Estar em pé em oração diante do Senhor era, igualmente, prática usual, talvez mais comum que de joelhos dobrados.”

Aqui o autor acerta em fazer a colocação do advérbio “talvez” em seu conteúdo ao fazer uma alusão de que a oração em pé era a mais comum que de joelhos dobrados. Quando utilizo um advérbio de dúvida deixo um significado de que tal afirmação não é 100% verídica, mas sim questionável ou não tenho certeza do que estou falando. Num estudo científico sério, o pesquisador não pode se dar ao luxo de extrair conclusões de coisas aparentes. Ele precisa se cercar de todo o cuidado para não chegar a falsas conclusões. Um dos meios para isso é admitir todas as possibilidades de interpretação de certo dado, sem excluir qualquer delas por causa de preconceito. No estudo atual sobre a postura correta na oração, por vezes muitos se valem de inferências ou deduções.
Bem ao contrário do que o autor quer fazer parecer, orar de joelhos dobrados é a posição por excelência consagrada nas escrituras, até mesmo porque ela abrange o ato de se prostrar, já que este ato corresponde ao momento seguinte da ação de se ajoelhar. Basta fazermos uma análise de todos os textos bíblicos para chegarmos a esta conclusão.

Com respeito a Josafá, não há muito o que se dizer. Ele realmente orou em pé. O texto é claro nesse sentido, embora não se deva omitir também que ele julgou de tanta importância o ajoelhar-se perante Deus que depois tanto ele quanto toda a congregação de Judá se prostraram diante do Senhor: “ Então Josafá se prostrou com o rosto em terra; e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando ao Senhor” (II Cr. 20:18) Isso não foi frisado pelo autor.
O que se deve perguntar aqui é se isso constitui razão suficiente para desobedecer outras orientações da bíblia e do Espírito de Profecia sobre o assunto. Uma coisa é Miriã dançando em sua alegria; outra bem diferente é a vontade de Deus concernente à dança. A prática de Miriã não pode constituir uma regra para o povo de Deus hoje. A igreja deve andar à luz da revelação divina, não daquilo que homens fizeram no passado, sob o risco de se perpetuarem grandes erros!

Quanto ao caso de Ana, é do conhecimento geral que sua prece foi uma oração silenciosa, o que o texto informa com clareza:

“Após terem comido e bebido em Silo, estado Eli, o sacerdote, assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do Senhor, levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente. E fez um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha. Demorando-se ela no orar perante o Senhor, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios, porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada.” (I Samuel 20)

Se realmente a oração em pé era costume no templo na época, porque então Eli não percebeu que Ana fazia uma oração a Deus e a teve por embriagada? Simplesmente porque Ana fez uma oração silenciosa de forma que as pessoas não percebessem que fazia um pedido para Deus, uma oração discreta, como fazemos num ponto de ônibus ou em um balcão no local de trabalho.

Quanto ao texto de Jó citado pelo autor lemos: “Clamo a Ti, mas Tu não me respondes; estou em pé, mas para mim não atentas.”

Existem regras extremamente valiosas na pesquisa de um determinado assunto, não deve nunca permitir o leitor que elas sirvam ao propósito de fazer o texto dizer aquilo que literalmente ele não diz.
Agora, dentre todos os enunciados que poderiam ser citados aqui, talvez nenhum seja de maior valor que o de não fundamentar doutrinas em inferências. Inferência consiste numa dedução a partir daquilo que a situação ou o texto não permitem garantir com 100% de certeza. Inferências são sempre perigosas, pois que podem levar a conclusões completamente equivocadas, quando não absurdas! Não podemos tirar conclusões de textos aparentes como o citado pelo autor.

“Os judeus costumavam orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para mostrar sua religiosidade. Jesus condenou-lhes o orgulho, porém não a prática de orar em pé.”

O que dizer deste texto de Mateus 6:5? Será mesmo que os Judeus oravam em pé para mostrar sua religiosidade?

“ E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam seu galardão.”

Jesus chamou aqueles que oravam em pé de hipócritas, que segundo o dicionário Aurélio assim exemplifica: Hipócrita> ser fingido ou falso; pessoa que demostra Ter uma virtude ou sentimento que não tem. Pergunto: Qual religiosidade um hipócrita tem para mostrar?
Jesus reprova os indivíduos que gostam de orar em pé e eles ainda são dignos de alguma imitação? Por que devem os judeus ser tomados como exemplo? Jesus o tempo todo não fez senão denunciar sua hipocrisia?
O autor ainda usou um texto (Mat. 11:25) para apoiar a tese que nada tem haver com o caso elucidado totalmente isolado de seu contexto.

“Os que eram recebidos em audiência diante de um rei, geralmente permaneciam em pé diante dele e lhe apresentavam suas petições.”

Ester 5:2 – “E sucedeu que, vendo o rei à rainha Ester, que estava no pátio, alcançou graça aos teus olhos; e o rei estendeu para Ester o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a ponta do cetro.”

Aqui, mais uma vez o autor usou do silêncio da bíblia para defender sua tese. Além do mais, um pequeno texto não pode servir de base para tirar-se conclusões sobre uma questão. Mesmo que tal ato era dirigido a um rei, nada se compara quanto ao ato de dirigirmos ao rei do Universo, o ato de se prostrar a um rei humano é idolatria para Deus. “Ó vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou”, disse o salmista (Sal. 95:6). Paulo em Efésios (3:14) reforça dizendo “Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.”

O Texto de Mens. Escolhidas Vol. 2 pág. 312 declara: “Quando em oração a Deus a posição indicada é prostrado de joelhos. Este ato de culto foi exigido dos três hebreus cativos na Babilônia... Mas tal ato era preito que só devia ser prestado a Deus – o Soberano do mundo, o Dominador do Universo; e esses três hebreus recusaram-se a dar essa honra a qualquer ídolo, mesmo que fosse de ouro puro. Ao fazer assim, estariam, para todos os efeitos, a prostrar-se ao rei da Babilônia.”

II Samuel 7:18 – “Então entrou o rei Davi na casa do Senhor , ficou perante Ele {sentou-se} e disse: Quem sou eu, Senhor Deus, e qual é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui?”

Mais uma vez o autor usou do silêncio da bíblia para apoiar sua tese. Se lermos as demais traduções da bíblia para ler o mesmo texto na íntegra, veremos que o texto sagrado não menciona a postura de Davi em sua petição. Quanto a posição dos profetas, se estavam sentados ou deitados ao falar com o povo, não há necessidade de comentários visto que tal posição não se aplica a Deus e sim ao homem.

Deitado.
Quanto a essa posição, encontramos textos de um rei avançado em idade quem nem se quer se aquecia sozinho. Pode tal indivíduo ficar em pé para orar? Se você for orar por um doente que mal consegue abrir seus olhos, pedirá para que se ajoelhe? É claro que não. Portanto o que faz a necessidade de orar em pé, ou deitado, ou concovado como Jonas nas entranhas de um peixe é a circunstância em que ela se encontra. Podemos meditar em Deus e até dirigir uma oração mental em nosso leito quando vamos dormir e isso será aceitável. Mas a mesma prática não pode ser feita numa igreja ou no trabalho.
Concordo com o autor quando diz que “qualquer tentativa de escolher apenas uma como suprema e indispensável, acima das demais, não tem o respaldo bíblico.” Por que então essa afirmação não é usada nas orações em pé? Por que o texto se aplica somente nas orações de joelhos quando são questionadas em algumas doxologia do culto?

Escritos de E. White comentados pelo autor

A clareza meridiana de E. G. White sobre o assunto dispensa longos comentários. A força de suas assertivas não dá margem para dúvidas sobre seu pensamento acerca da postura correta na oração:

“Tenho recebido cartas perguntando-me sobre a posição que deve ser assumida pela pessoa ao fazer a oração ao Soberano do Universo. Onde obtiveram nossos irmãos a idéia de que deviam ficar em pé quando oram a Deus? Alguém que por cerca de cinco anos se educou em Batlle Creek foi solicitado a fazer a oração antes que a irmã White falasse ao povo. Mas quando o vi pôr-se em pé enquanto os lábios se iam abrir em oração a Deus, minha alma foi levada no íntimo a dar-lhe uma repreensão pública. Chamando-o por nome, disse-lhe: “Prostre-se de joelhos!” Esta é sempre a posição apropriada.” (pág. 311 ME vol. 2)

Quando em oração a Deus a posição indicada é prostrado de joelhos.” ( idem, pág. 312)

“Tanto no culto público como no particular é nosso DEVER prostrar-nos de joelhos diante de Deus quando Lhe dirigimos nossas petições. Este procedimento mostra nossa dependência de Deus.” ( idem, pág. 312)

“Será possível que com todo o esclarecimento que Deus tem dado a seu povo sobre a reverência, pastores, diretores e professores de nossas escolas, por preceito e exemplo ensinem os jovens a ficarem em pé na devoção, como faziam os fariseus?” ( idem, pág. 313)

“Temos a esperança de que nossos irmãos não manifestarão menos reverência e respeito ao aproximarem-se do único Deus vivo e verdadeiro do que os pagãos manifestam para com suas divindades idólatras, ou estes povos serão nossos juizes no dia da decisão final. Falo a todos os que ocupam os lugares de professores em nossas escolas. Homens e mulheres, não desonreis a Deus pela vossa irreverência e imponência. Não vos ponhais eretos em vosso farisaísmo ao fazerdes vossas orações a Deus. Desconfiai de vossa própria força. Não confieis nela; mas prostrai-vos freqüentemente de joelhos diante de Deus, e adorai-O” (p. 314)

“E quando vos reunis para adorar a Deus, não deixeis de vos prostrar de joelhos diante dEle. Que esta ação testifique de que toda a alma, e corpo e espírito estão em sujeição ao Espírito de verdade.” (P.314)

“O homem deve vir ao escabelo da misericórdia de joelhos prostrados, como um súdito da graça, um suplicante.” (p.315)

“A oração oferecida por Salomão durante a dedicação do templo NÃO foi feita enquanto ele estava em pé. O rei se ajoelhou na humilde posição de um suplicante. Aqui está uma lição para o povo de Deus hoje. Nossa força espiritual e nossa influência não serão aumentadas pela conformidade a uma atitude mundana durante a oração...” (ME, vol. 2 p. 311-316)



Diante da força dessas assertativas, tentativas de diminuir o peso ou de lhes alterar o sentido só resultam em fracasso. Exemplos gritantes disso se vê na explicação elaborada pelo autor.

No texto: “Tanto no culto público como no particular é nosso DEVER prostrar-nos de joelhos diante de Deus quando Lhe dirigimos nossas petições. Este procedimento mostra nossa dependência de Deus.”

Aplicamos: dever > estar obrigado a fazer alguma coisa; ter a obrigação; coisa que se tem de fazer. (Dicionário da língua portuguesa – Geraldo Mattos – Editora FTD S. A.) Num engenhoso malabarismo exegético, o autor conseguiu fazer a senhora White dizer exatamente o oposto do que ela escreveu! Seria hilárico se não fosse trágico!

O problema aqui não está na existência das exceções, mas no critério para se discernir as exceções. Para o autor não há critérios: com a exceção da oração de início do culto divino, as demais podem ser feitas ao gosto do indivíduo. Mas, esse com certeza não é o pensamento dos escritos sagrados, como muito bem esclarecem os próprios trechos esclarecem.
Por isso, fica patente que o critério para avaliarmos outras posturas na oração que não de joelhos é de acordo com as circunstâncias:

“Não há tempo nem lugar impróprios para se erguer a Deus uma oração... Entre as turbas de transeuntes na rua, em meio de uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido, rogando a direção divina, como fez Neemias quando apresentou seu pedido perante o rei Artaxerxes.”

”Podemos falar com Jesus no caminho e Ele diz: Estou a tua mão direita. Podemos comunicar com Deus em nosso coração: andar na companhia de Cristo. Quando empenhados em nossos trabalhos diários, podemos exaltar o desejo de nosso coração, de maneira inaudível aos ouvidos humanos; mas essas palavras não amortecerão em silêncio, nem serão perdidas. Coisa alguma pode sufocar o desejo da alma. Ele se ergue acima do burburinho das ruas, acima do barulho das máquinas. É Deus que estamos falando, e nossa oração é ouvida.”

“Para orar não é necessário que estejais sempre prostrados de joelhos. Cultivai o hábito de falar com o Salvador quando sós, quando estais caminhando e quando ocupados com os trabalhos diários.”

Como se vê, a exceção é puramente circunstancial. Dentro de um ônibus, no balcão da loja, andando na rua ou numa fábrica, não é possível ao indivíduo se ajoelhar. Mesmo assim, não deve ele deixar de manter comunhão com Deus através da oração silenciosa da alma. Por isso o apóstolo diz: “Orai sem cessar.” (I Tes. 5:17)

Diferente disso é quando o mesmo indivíduo está em casa, na igreja ou noutro local que lhe permita se ajoelhar. Quem deve julgar a posição correta para orar é a circunstância e não o orador. Tenho certeza que algumas orações feitas de joelhos jamais serão ouvidas enquanto que outras de pé são ouvidas. Tive muitas vezes que orar de pé diante de uma igreja lotada porque julguei mais favorável do que em meio ao grande aperto ter que se ajoelhar e causar incômodos para os membros, outras vezes o piso era rústico e ajoelhar-se diante de um piso desses era o mesmo que castigar os membros como se estivessem se ajoelhando sobre grãos de milho; o mesmo se refere a um local molhado, sujo, etc. A sra White, acredito, embora ainda não tenha lido, possa ter vezes orado em pé devido a circunstâncias. Mas sempre em que a posição é favorável, como numa igreja bem cômoda, É NOSSO DEVER prostrar-nos de joelhos ao dirigir uma oração, como ela mesma diz.


“Durante os cultos de adoração, a Igreja Adventista permite para a oração várias posturas... Sendo que a adoração deve ser caracterizada pela ordem, é importante que a comunidade de crentes esteja unida em buscar ao Senhor e que todos nós SIGAMOS OS ELEMENTOS DA LITURGIA comum aceita em nossos cultos.”

Diante dessa afirmação quero frisar um trecho:

“A verdade deve ir a todo lugar, e necessitamos dos que possam pleitear com o Senhor em oração, que dobrarão o joelho diante de Deus, ABOLINDO o costume que tem aparecido entre nosso povo e tem sido levado por nossos obreiros a outros países, de permanecer em pé como os fariseus e orar para serem ouvidos pelos homens. Nós desejamos que todos aqueles que conhecem a Deus e a Jesus Cristo a Quem Ele enviou curvem-se diante de Seu escabelo e orem para que o mundo possa ouvir a mensagem de advertência, para que ela possa ser abraçada por aqueles que a ouvirem e levada àqueles que não a conhecem.
Ajoelhemo-nos diante de Deus com corações humildes e demos expressão a nossa reverência por Ele.” (Manuscript Releases Vol. Sixteen, pp. 287-294)


Este comentário citado acima no entanto, não serve para diminuir o autor do texto citado na RA nem julgar ou difamar sua posição espiritual na igreja, mas sim uma explanação de como nosso Deus é grande e merecível de toda a nossa adoração e reverência. A Bíblia bem como o Esp. Profecia nos esclarece que expressões e atitudes na oração revelam nosso respeito e consideração para com o nosso Criador e revela a outros o quanto Seu nome é digno de toda adoração.

Outrossim, temos que estar atentos, pois para que essa oração seja aceita, existem ainda outros critérios além da posição como por exemplo: perdoar as ofensas de nosso semelhante, não confiar em nossos próprios méritos, sentir a nossa necessidade de Deus, obediência, fé, perseverança, arrependimento e vida santa, o que caracteriza aquele que anda com Jesus e conversa com Ele.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Bom senso e reverência na condução e prestação de culto


Tenho estado em várias igrejas, a convite cordial e gentil de seus pastores, para pregar, participar de encontros especiais, de festas de aniversários e série de conferências de evangelização e palestras missionárias, e ensino da Palavra, assim como tantos outros motivos, coisa muito comum aos pastores e missionários.

Sempre sou muito bem recebido, hospedado como um príncipe, tendo só motivos de agradecer a generosidade, a gentileza e a maneira tão afável com a qual sou acolhido e pelo fato de nem ser o mais indicado para missão tão majestosa que é pregar a Palavra e ensinar o povo de Deus. Sou grato a Deus por Sua misericórdia e aos colegas pela deferência.

No entanto, algumas situações, poucas na verdade, tem me constrangido e me dado motivo de exame e reflexão.

Auditórios irreverentes, pessoas conversando durante o culto entrando e saindo como se estivessem numa reunião social, líderes que tratam a assembléia como auditórios de programas de TV. As chamadas equipes de louvor que cansam o auditório com inúmeros cânticos em pé, falando em gíria, usando chavões tais como: “parece que vocês não tomaram café”, “vamos nos animar”, “bom dia... tá fraco, vamos falar mais forte” etc. Depois, na hora do culto saem para descansar, beber água etc, sem cultuar. Crentes com trajes inconvenientes, tanto jovens como adultos e mesmo até crianças arrumadas como para uma festa de fantasia da escolinha.

Fui convidado, tempos atrás, dentro do quadro de aniversário de uma grande igreja do interior, para um sábado especial. Quem me apresentou foi a pessoa responsável pela direção do programa e disse algo mais ou menos assim: “Está conosco o pastor Paulo, Paulo do que mesmo? Como? Não entendi, mas não faz mal, como eu não o conheço vou pedir pra ele mesmo se apresentar...” O Pastor da igreja estava sentado e sentado permaneceu. Apresentei-me como quem tinha sido convidado especialmente para uma programação de aniversário da igreja inserida no Jubileu de Ouro da mesma. A carta-convite, assinada pelo pastor da igreja e por mais alguém da comissão de programa foi confirmada por telefonema, e na véspera, liguei para saber como chegar, onde estacionar pois vindo da capital do Estado para aquela cidade precisava das coordenadas.

Falta bom senso. Não se convida para pregar quem não é conhecido, pois isso é muito temerário, ou não se dá a responsabilidade de direção de programa e apresentação de um orador a quem não o conhece. Falta organização. Se não se tem o que dizer do convidado, diga-se apenas que é o pregador da ocasião. Não é necessário fazer elogios ou dizer o que não é conveniente.

Em duas outras igrejas a pouco tempo passado, pude observar coisas interessantes, para não dizer surpreendentes. Em uma percebi a disposição louvável de uma senhora de uns 50 anos aproximadamente, a idade pouco importa. Ela estava indo e voltando, enquanto o Pastor dirigia o culto, ia buscar cadeiras, com muita disposição. Passava bem na frente do Pastor, ia e vinha várias vezes. Ela era até que discreta nos seus gestos, cuidadosa com o barulho, mas chamava a atenção pelos trajes. Calça fuseau cor de cenoura e camiseta regata. Certamente ela tinha vindo ou ia fazer caminhada.

Não fosse o fato de sua indumentária poderia até ser uma inspiração de amor e serviço, mas esses trajes... em um momento de culto. E, além do mais que culto era esse? Era um culto fúnebre.

Em outro culto fúnebre o Pastor de uma outra igreja pediu-me para dar uma palavra de conforto à família enlutada. Enquanto aguardava ao lado de minha esposa, sentados na congregação, um celular começa a tocar insistentemente, bem atrás de onde estávamos. Uma senhora atende, ali mesmo, sentada na fileira de trás, enquanto o Pastor falava a mulher conversava ao telefone, contava o que estava acontecendo, como se estivesse na praça ou na sala de sua casa. No mínimo isso representa falta de educação.

Celular ligado no culto, para que? Deus nunca usou, nem usará celulares para falar conosco.

Caso o crente esteja de serviço, no seu plantão, ou haja um motivo de força maior, e ele pode, se deseja participar do culto, deve deixar seu celular em silêncio, quando muito no vibra-call, ser discreto, ao sair para atender o telefone do lado de fora e assim mesmo, se lembrar de não gritar ao telefone, pois da porta do templo sua conversa perturba que está cultuando.

Isso é bom senso, boa educação e reverência.

Que tal nos lembrarmos disso para praticarmos e ensinarmos às crianças e adolescentes, para que haja reverencia e respeito com o culto. Sejamos sensatos e reverentes.

Pr. Paulo Roberto Sória
Igreja Evangélica Batista no Alto da Mooca

NOTA NFF: Esse texto foi redigido pela igreja Batista há algum tempo atrás e demostra um mal que se alastra praticamente em todas as igrejas. Os cultos de celebração e gospel são um convite à irreverência clara e aberta, mas existem aqueles que imperceptivelmente disseminam esse vírus dentro de nossos templos pela falta de bom senso. Recentemente tenho visto crianças que correm pra lá e para cá dentro de nossas igrejas ou saindo para fora durante o culto sem a presença dos pais. São filhos de pais presentes, que não se importam com as atitudes de seus filhos no momento de adoração. Papéis de bala, saquinhos de bolacha são encontrados a todo momento, sem falar naquelas panelinhas que se reúnem do lado de fora da igreja durante o culto, às vezes com conversas até sérias, mas em horário impróprio. Estão os pais cumprindo a tarefa de ensinar seus filhos a obedecer e serem reverentes a Deus? Têm eles despertado nos seus filhos estes preceitos? É no lar que se pode exercer a maior influencia quanto á reverência. Contudo as nossas atitudes na igreja fazem parte da preparação para a santa e eterna adoração no Céu. Se você quer participar desta adoração, reverencie ao senhor!


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

FOLHAS DE FIGUEIRA




Numa recente Assembléia anual, um delegado se levantou e dirigiu mais ou menos as seguintes palavras aos irmãos reunidos:
“Não é necessário exercitarmos o nosso senso crítico ou sermos levados ao pessimismo, para vermos que as nossas igrejas se deixam penetrar pelo espírito do mundo. Seria cego quem não desse conta disso. Já não se atribui aos princípios o valor de outrora. São desdenhados e por vezes mesmo ignorados. Escolhem-se para ocupar lugares em nossas igrejas pessoas que não tomam a peito a manutenção de nossos princípios evangélicos ou que exercem neste domínio apenas bem fraca influência. Não será tempo de reagir?”

Ele cita as palavras que João escreveu aos filhos de Deus da sua época: “Não ameis o mundo nem o que no mundo há... porque o mundo passa, e a sua concupiscência, mas o que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (I S. João 2:15 e 16)

Luiz Waldvogel, ex-redator chefe da Casa Publicadora Brasileira certa feita recebeu uma carta de uma preocupada jovem, membro distinto de uma das nossas igrejas na capital falando de sua preocupação no tocante ao uso de saias fendidas, transparentes, sem anágua: “Está faltando o senso da verdadeira modéstia cristã na maioria de nossas igrejas... Parece que as mulheres gostam de ser olhadas de modo malicioso. Isso é triste!”
Até mesmo o próprio tio Luiz (como era carinhosamente conhecido) demonstrou sua preocupação quanto ao tocante no que diz respeito ao vestuário feminino numa de suas páginas na R.A: “ E nossas queridas irmãs, umas por ingenuidade, outras de caso pensado, vão baixando cada vez mais o nível da decência e dos requisitos da saúde. Se não lhes dá zelar da saúde, usando maneiras de vestir-se que não lhes tragam penosos reumatismos e outras conseqüências futuras, zelem então pelo menos de sua integridade moral e espiritual, não servindo de tropeços à extrema e infeliz vulnerabilidade do pensamento dos homens. E por aí afora vai o descenso das virtudes caracteristicamente femininas... Vem a pintura dos lábios, das faces e unhas; os sapatos de salto ameaçadoramente alto e agudo; os decotes ousados e provocantes; umas jóias discretas... até que desaparece toda a diferença que deveria existir entre a indumentária modesta, cristã e elegante – e a francamente mundana, indecente e além do mais horrivelmente deselegante e sofisticada, com todas as qualidades de instrumento de perdição, ao soar a hora do juízo final.
Sustemos essa corrida desabalada para o mundanismo total!”
(Revista Adventista, Março de 89).

Puxando a história um pouco mais atrás, nos dias da Sra White, encontramos a mesma preocupação em alguns de seus escritos:

“As pessoas que pretendem crer que possuem a última mensagem de misericórdia a ser dada ao mundo, são atraídas por modas mundanas e fazem grandes esforços para segui-las até onde pensam que sua profissão de fé lhes permite ir. O vestuário mundano entre nosso povo é tão visível que os descrentes comentam freqüentemente:“Pelo seu vestuário não se pode distingui-los do mundo.” Os que se conformam com o padrão do mundo não são poucos em número. Ficamos pesarosos ao ver que estão exercendo uma influência, levando outros a seguir o exemplo.” (ME vol 3 pag. 243)

“Quando vemos nossas irmãs se desviando da simplicidade no vestuário, e cultivando o amor pelas modas do mundo, sentimo-nos perturbados.” (TS vol 1 pag. 593)

Ao ler e analisar vários escritos da Sra White entre outros artigos antigos de nossas revistas tenho notado a quantidade de textos nos dando luz e entendimento na missão da igreja quanto a Reforma do Vestuário. A imodéstia e o abuso do vestuário é um dos maiores pecados de nosso mundo presente. Os grandes desfiles, as largas somas de dinheiro investidas em divulgar as modas atuais tem exercido domínio na exaltação do luxo, ostentação do corpo e estímulos de paixões grosseiras. Têm-se perdido o verdadeiro motivo de se usar roupas e ela se tornou no decorrer dos tempos motivo de vaidades íntimas, exibição de riquezas e das formas do corpo.

No princípio, quando Deus criou o primeiro homem e a primeira mulher a Bíblia nos diz que “ambos estavam nus, e não se envergonhavam.” (S. Mateus 2:25). Esse texto parece a princípio parecer que Deus nunca se importou quanto ao uso ou não de uma veste apropriada para o homem, no entanto, no livro “O Desejado de Todas as Nações”, na pág. 45 a Sra White faz alusão a este texto dizendo que “Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais; estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou a envolvê-los.” Logo que Adão e Eva caíram em transgressão, tornaram-se conscientes de sua nudez (Gen. 3:7) e confeccionaram para si o primeiro modelo de vestuário de origem humana o que foi chamado de avental. Note que o objetivo principal deste vestuário não era a ostentação própria nem o exibicionismo do corpo, mas sim a preocupação de se esconder a nudez do homem e da mulher.

Não podemos dizer, no entanto que o vestuário confeccionado pelo casal era adequado, pelo contrário, era imodesto, incompleto, impróprio e inadequado ao uso, sugerimos um vestuário sumariamente curto, transparente, decotado, etc. Em Gênesis 3:7 está escrito que Adão e Eva fizeram para si aventais e o verso 10 do mesmo capítulo diz: “Ouvi a Tua voz soar no jardim e temi porque estava nu.” Como poderiam estar nus se haviam confeccionado aventais? Assim fica claro que estavam usando roupa imprópria. Deus então estabeleceu um vestuário modesto. Lemos em Gen. 3:21 que Deus os vestiu. O dicionário Webster dá a palavra vestido o significado de “cobrir.” Vemos aqui que a finalidade do vestuário é cobrir a nudez por duas razões importantes:

Proteção física: “Satanás inventou as modas que deixam os membros expostos resfriando e desviando a corrente da vida de seu curso original.” (OC pág. 427)
Proteção moral: Nos dias de Moisés, as vestes tomaram novas formas e se tornaram símbolo de fidelidade e pureza. Lemos em Números 15:38-40: “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que, por todas as suas gerações, façam franjas nas bordas das vestes e ponham nas bordas das vestes um cordão azul. Tereis essas franjas para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, para o cumprirdes, e não correrdes após o vosso coração, nem após os vossos olhos, após os quais andais adulterando. Então vos lembrareis de cumprir todos os Meus Mandamentos e sereis consagrados ao vosso Deus.” O objetivo de Deus era que ao contemplar o vestuário uns dos outros, que os mesmos se tornassem em símbolos de pureza e fidelidade a ordenança de Deus: “Não adulterarás.”
Quando Deus instituiu vestes especiais aos sacerdotes, disse a Moisés: “Farás vestidos santos a Arão teu irmão, para glória e ornamento” (Êxodo 28:2). Aqui Deus usa pela primeira vez a palavra ornamento. A beleza das vestes sacerdotais chamavam atenção naquilo que era belo, mas a simbologia do ornamento demostravam não somente a beleza ornamental das vestes, mas também espiritual: “Todas as coisas ligadas ao vestuário e conduta dos sacerdotes deviam ser de molde a impressionar aquele que as via, dando-lhe uma intuição da santidade de Deus, santidade ao seu culto, e pureza exigida daqueles que iam à Sua presença.” (P.P, pág. 351)

“No serviço do Tabernáculo, Deus desceu a pormenores também no tocante ao vestuário dos que deviam oficiar perante Ele. Com isso nos ensinou que tem Suas preferências também quanto à roupa dos que O servem. Prescrições minuciosas foram por Ele dadas em relação à roupa de Arão, por ser esta simbólica. Do mesmo modo as roupas dos seguidores de Cristo devem ser simbólicas, pois que lhes compete representar a Cristo em tudo. O nosso exterior deve caracterizar-se a todos os respeitos pelo asseio, modéstia e pureza. O que porém, a Palavra de Deus não aprova são as mudanças no vestuário pelo mero amor da moda – a fim de nos conformarmos com o mundo.” (Test. Seletos pág. 394)

A sra White, fazendo menção à esses textos citados declara que “A reforma do vestuário é tratada por alguns com grande indiferença e por outros com desprezo, porque há uma cruz em relação a ela. Dou graças à Deus por essa cruz, pois é justamente o que precisamos para distinguir e separar do mundo os que observam os mandamentos de Deus. A reforma no vestir corresponde em nós ao cordão azul do antigo Israel.” (Lições sobre o Dom do Esp. Prof. Pág. 117)

A Bíblia explicitamente condena o olhar cobiçoso: “Eu porém vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela.” (S. Mateus 5:28)

Os vestidos, shorts, etc. criado pela moderna indústria da moda, desperta paixões baixas no coração do observador, e muito contribui para a depravação e o desrespeito de nosso tempo. Por vestir-se modestamente, a mulher cristã desempenha um papel-chave na manutenção da moralidade pública. Deus nos conclama a vestirmos modesta e decentemente, não apenas para evitar o pecado como também para preservar a intimidade. As pessoas que desejam pecar, pecarão, não importa quão modestamente os outros trajam. O propósito na modéstia é não apenas coibir desejos pecaminosos, mas também preservar algo que é muito frágil e todavia fundamental na sobrevivência do relacionamento marital: a habilidade de manter um profundo e íntimo relacionamento entre os cônjugues.

A razão para vestir-se com modéstia e decência é semelhante à razão para trancar uma casa. Nós trancamos a casa para proteger o que está dentro dela e com isto mantemos as pessoas que não pertence a casa do lado de fora. As roupas podem produzir reações íntimas: Os nossos mais profundos sentimentos de amor, a expressão cheia de paixão de nossa sensualidade, a relação de nosso ser íntimo. Tais reações pertencem ao relacionamento matrimonial. O propósito da modéstia e decência no trajar não é esconder-nos das vistas dos outros, mas preservar a nossa intimidade para o nosso cônjugue. A modéstia e a decência devem ser respeitadas até mesmo entre marido e mulher. Uma exposição indecente mesmo dentro do casamento pode destruir o respeito mútuo e a capacidade de desfrutar uma união íntima de mente, corpo e alma.

Vemos nesta primeira parte uma análise importante sobre a reforma do vestuário e podemos já tirar algumas conclusões:

1. Deus instituiu a reforma do vestuário no jardim do Éden após a queda do primeiro casal e tinha por finalidade promover a saúde física e a pureza moral;
2. O vestuário seria para sempre um símbolo de fidelidade, santidade e pureza exigida da parte de Deus a seus filhos.

O propósito de Satanás, especialmente nestes últimos dias é criar trajes imodestos, especialmente para o sexo feminino, deixando membros descobertos, aparecendo as curvas do corpo estimulando as paixões grosseiras do sexo oposto e despertando pecados abomináveis, ou na linguagem do apóstolo João, a concupiscência dos olhos (I João 2:16; Mat. 5:28). Há milhares de homens vivendo em verdadeiro inferno mental, cuja ruína é devida ao vestuário impróprio das mulheres.

Mary Quant, a criadora da mini-saia e a mais famosa estilista britânica das roupas femininas, diz que seu alvo é “vestir as mulheres de tal maneira que os homens sintam a vontade de arrancar a cobertura delas.” Ela cria roupas que causem impacto porque ela acredita que “se as roupas não te fazem ser notado, então eu considero como desperdício de dinheiro.” Ela criou o ditado: “Bom gosto é morte; a vulgaridade é vida.” Quando lhe foi perguntado qual é o objetivo da moda e para onde está se direcionando... Mary Quant respondeu prontamente: “Sexo”.

Em uma entrevista publicada na revista NEWSWEEK, Mary Quant explicou, em palavras tão cruas que se torna difícil citá-las, o que a mini-saia representa para ela: “Sou a única mulher que já desejou ir para a cama com um homem no meio da tarde, qualquer mulher de bons modos esperam até que anoiteça. Bem, há muitas garotas que não querem esperar. As mini-roupas são simbólicas desse tipo de garotas.”

Ellen White, já em seu tempo teve uma orientação para prevenir de tais sofismas:
"Nunca usamos vestido curto pelas ruas de Battle Creek nem nas reuniões. Minhas visões foram destinadas a corrigir a moda actual, os vestidos longos demais, que se arrastam pelo chão, bem como os vestidos curtos demais, que alcançam a altura dos joelhos e que são usados por determinada classe. Foi-me mostrado que devemos evitar tanto um extremo como o outro. Usando vestidos que alcance o cano das botinas ou das polainas femininas, escaparemos não só aos males do vestido muito longo, mas também dos males e da má reputação dos vestidos muito curtos." Testemunhos para a Igreja, Vol. 1, págs. 484,485.

Distinção entre os sexos

Em Deuteronômio 22:5 durante a repetição de diversas leis, Deus instituiu outra reforma no tocante ao vestuário do homem e da mulher: a peculiaridade entre um traje feminino e outro masculino. “Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao Senhor teu Deus.”
Comentando este versículo, a sra White diz que “há crescente tendência de usarem as mulheres vestuário e aparência, semelhantes ao do sexo oposto, e confeccionarem a roupa de maneira idêntica à dos homens, mas Deus declara, que isso é uma abominação.” ( Test. p/ Igreja vol.1 pág. 441)

“Deus determinou que houvesse plena distinção entre o vestuário do homem e da mulher...” (O.C pág. 430)

“As proibições de Deus são consideradas levianamente por todos os que advogam a remoção de diferença de vestuário entre homens e mulheres.” (ME. Vol. 2 págs. 477 e 478)

Deus queria que houvesse distinção entre os sexos no que se refere a aparência e vestuário. Razões estas que iriam promover não somente a saúde física, mas também promoveria a ordem exata da relação entre homem e mulher.

No Novo Testamento, essa mesma ordem foi usada em I Coríntios 11:14 e 15 mas agora Paulo em sua carta não refere-se ao vestuário mas sim ao comprimento do cabelo como referência e distinção entre os sexos.
Os trajes, a aparência, tem servido para definir nossa masculinidade e feminilidade durante a história. Observamos que as vestes não apenas definem nossa identidade (você é o que veste), mas também nos ajudam a desenvolver uma nova identidade (você se torna o que veste). Isto significa que quando nublamos as distinções de sexo no vestir, gradualmente perdemos nossa identidade masculina ou feminina e experimentamos uma crise de identidade.

Nossa aparência e comportamento mostram muito mais a nosso respeito do que imaginamos. Willian Thourlby, um famoso consultor de vestuário, que normalmente aconselha executivos e presidentes na arte de vestir-se atraentemente para alcançar sucesso, diz que quando as pessoas encontram você pela primeira vez, eles fazem dez julgamentos a seu respeito baseados apenas pela aparência. Essas avaliações estão relacionadas com:
1) Seu nível econômico;
2) Seu nível educacional;
3) Sua confiabilidade;
4) Sua posição social;
5) Seu nível de sofisticação;
6) Sua herança econômica;
7) Sua herança social;
8) Sua herança educacional;
9) Seu sucesso;
10) Seu caráter moral.

Notem que a aparência revela não somente nosso nível social, econômico e educacional, mas também nosso caráter moral. Isso quer dizer que os trajes e comportamento deveriam ser de particular consideração pelos cristãos que escolheram viver os valores morais da Bíblia. “Consciente ou inconsciente, - escreve Thourlby – as vestimentas que usamos revelam um conjunto de crenças sobre nós mesmos que desejamos que o mundo acredite...”

Jamais poderíamos reformar todo o mundo. Mas a reforma na qual é relatada em vários textos do Espírito de Profecia faz-se necessária entre nosso próprio povo. Vejamos porque:

O vestuário indecoroso nos separa de Deus

“Tão logo alguém tenha o desejo não imediatamente subjugado de imitar as modas do mundo, tão prontamente Deus cessa de reconhecê-lo como Seu filho. É filho do mundo e das trevas.”
“A obediência à moda está penetrando em nossas igrejas Adventistas do Sétimo Dia, e fazendo mais que qualquer outro poder para separar nosso povo de Deus.”
"Satanás é admiravelmente bem sucedido em fascinar a mente com estilos de vestuário em constante mutação. Ele sabe que enquanto a mente das mulheres estiver continuamente cheia de febricitante desejo de seguir a moda, suas sensibilidades morais serão fracas, e elas não poderão ser despertadas para compreenderem sua verdadeira condição. São mundanas, sem Deus, sem esperança." Mensagens Escolhidas, Vol.3, pág. 245.

Faz-nos dessemelhantes a Cristo

“Cristo Se envergonha de Seus professos seguidores. Em que apresentamos qualquer semelhança com Ele? Em que nossa maneira de vestir se harmoniza com as exigências bíblicas? Não quero que recaia sobre mim os pecados do povo, e darei à trombeta um sonido certo.” (TS. Vol. 1 págs. 599-600)
“A obediência à moda está penetrando em nossas Igrejas Adventistas do 7º Dia e fazendo mais que qualquer outro poder para separar nosso povo de Deus. Foi-me mostrado que as regras de nossa igreja são muito deficientes. Todas as manifestações de orgulho no vestuário, proibidas na palavra de Deus, devem ser de motivo suficiente para disciplina na igreja. Caso haja continuação em face de advertências e apelos e ameaças, perseverando a pessoa em seguir sua vontade perversa, isto poderá ser considerado como prova de que o coração não foi absolutamente levado à semelhança com Cristo.” (I Test. Seletos pág. 600)

Causa opróbrio à causa de Deus
“Foi-me mostrada a conformidade de alguns professos observadores do sábado para com o mundo. Oh! Como vi que era uma desgraça a causa de Deus. Desmentem sua profissão. Julgam que não são como o mundo, mas dele tanto se aproximam no vestuário, na conversação ou nos atos, que não há diferença.” (Mens. Jovens, pág. 127)
“Quando vejo muitos adventistas que guardam o Sábado tornar-se mundanos no pensamento, na conversação e no vestuário, meu coração se entristece. As pessoas que pretendem crer que possuem a última mensagem de misericórdia a ser dada ao mundo, são atraídas por modas mundanas e fazem grandes esforços para segui-las até onde pensam que sua profissão de fé lhes permite ir. O vestuário mundano em nosso povo é tão visível que os descrentes comentam freqüentemente: “Pelo seu vestuário não se pode distingui-los do mundo”, sabemos que isto é certo, embora haja muitas exceções.” (III Mens. Escolhidas, pág. 243)

Nosso modo de vestir são pregadores vivos e diários
“Mal sabiam aquelas professas irmãs crentes o sermão que seu vestuário estava pregando! Nossas palavras, ações, vestidos, são pregadores vivos e diários, juntando com Cristo ou espalhando. Isso não é coisa insignificante, para ser passada por alto com um gracejo. A questão do vestuário exige séria reflexão e muito orar.” (Cons. Sobre Saúde, pág. 600)

Considerações finais

A sra White certa vez escreveu que entre os filhos de Deus não deve haver imparcialidade ou neutralidade quando se refere à obediência: “Não podemos ser metade do Senhor e metade do mundo. Não somos povo de Deus a menos que o sejamos inteiramente.”
Deve haver claros e decididos esforços em conhecer a vontade de Deus tanto quanto em obedecê-lo. Estamos diante de uma igreja que tem sido ensinada somente em “fazer” do que “conhecer”, nisto se tem demostrado quando entramos em assuntos que exigem conhecimento profundo dentro da Bíblia e de outros livros inspirados, a igreja se divide entre aqueles que nada sabem, aqueles que acreditam que sabem mas sem provas incontestáveis, aqueles que aprenderam com outros e uma minoria que “aprofundou-se” realmente dentro de um “assim diz o Senhor.” Aprendemos desse modo a elevar nossa norma só um pouquinho acima das normas do mundo quando devíamos torná-la diferente e frisante. Essas normas nos foram dadas com o custo de grande sacrifício para que mantenhamos na simplicidade do evangelho e dentro de toda a verdade.
Sabemos que lutamos dia a dia com uma natureza imperfeita, onde o amor as coisas do mundo estão implantadas em nossos mais íntimos gostos e preferências. Mas acredito que o amor a Jesus pode transformar nosso coração e nos tornar novos homens e mulheres nos libertando dos aguilhões do pecado. Peça a Ele ajuda para que possa efetuar uma profunda mudança em seu coração, de modo que se reflita como raios de luz no seu exterior. Nada é impossível diante de um par de joelhos dobrados e uma alma contrita pedindo auxílio Àquele que tudo pode.

Que não somente esse, mas que outros marcos sejam sempre realçado entre nós em nossos púlpitos e especialmente em nossa vida.