quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A RELIGIÃO EM FAMÍLIA


Definida a Religião em Família – Religião em família consiste em criar os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. Cada membro na família deve ser nutrido pelas lições de Cristo, e o interesse de cada alma deve ser estritamente guardado, a fim de que Satanás não engane e afaste com seduções para longe de Cristo. Esta é a norma que cada membro da família deve ter em vista alcançar, e devem estar determinados a não fracassar nem se desanimar. Quando os pais são diligentes e vigilantes em sua instrução, e educam os filhos tendo em vista a glória de Deus, cooperam com Deus, e Deus coopera com eles na salvação das almas das crianças por quem Cristo morreu.

Instrução religiosa significa muito mais que instrução comum. Significa que deveis orar com vossos filhos, ensinando-lhes como se aproximar de Jesus e contar-Lhes todas as suas necessidades. Significa ainda que deveis mostrar em vossa vida que Jesus é tudo para vós, que Seu amor torna-vos paciente, bondoso, perdoador e não obstante firme em ordenar a vossos filhos depois de vós, como o fez Abraão.

Tal como vos conduzis em vossa vida no lar, sois registrados nos livros do Céu. Aquele que espera tornar-se um santo no Céu, deve primeiro tornar-se santo em sua própria família. Se os pais e as mães são fiéis cristãos em família, serão membros prestimosos da igreja e aí capazes de conduzir as atividades bem como na sociedade, segundo a maneira em que conduzem o que concerne à família. Pais, não permitais que vossa religião seja simplesmente uma profissão, mas sim uma realidade.

A Religião Deve Ser Parte da Educação do Lar. – A religião no lar é terrivelmente negligenciada. Homens e mulheres mostram o maior interesse em missões estrangeiras. Dão liberalmente para esse fim e procuram satisfazer sua consciência na suposição de que dando para a causa de Deus expiam sua negligência em dar um exemplo correto no lar. Mas o lar é seu campo especial, e nenhuma desculpa é aceita por Deus pela negligência deste campo.

No lar em que a religião é coisa prática, grande bem é realizado. A religião levará os pais a fazer exatamente a obra que Deus lhes designou fizessem no lar. Os filhos serão criados no temor e admoestação do Senhor.

A razão por que a juventude do presente não é mais inclinada para a religião é que sua educação é defeituosa. Não se exerce para com os filhos verdadeiro amor quando se lhes permite tolerar paixões ou quando a desobediência a vossas determinações é deixada sem punição. Quando a vergôntea é torta a árvore cresce inclinada.

Se se espera que a religião influencie a sociedade, deve ela influenciar primeiro o lar. Se os filhos forem ensinados no lar a amar a Deus, temê-Lo, quando saírem para o mundo estarão preparados para educar suas próprias famílias para Deus, e assim o princípio da verdade será implantado na sociedade e exercerá influência marcante no mundo. A religião não deve estar divorciada da educação do lar.

A Religião no Lar Precede a Religião na Igreja. – No lar é posto o fundamento da prosperidade da igreja. As influências que regem a vida no lar são levadas para a vida da igreja; portanto os deveres paroquiais devem começar no lar.

Quando tivermos bom lar religioso teremos boas reuniões religiosas. Sustentai a fortaleza do lar. Consagrai vossa família a Deus, e então falai e agi em casa como cristãos. Sede bondosos, longânimos, pacientes no lar, sabendo que sois professores. Cada mãe é uma mestra, e toda mãe deve ser aluna na escola de Cristo, a fim de poder saber como ensinar e poder dar a moldagem correta e a correta forma de caráter a seus filhos.

Onde há falta de religião no lar, de nada vale profissão de fé... Muitos estão enganando a si mesmos por pensar que o caráter será transformado na vinda de Cristo, mas não haverá conversão de coração em Seu aparecimento. Temos que nos arrepender de nossos defeitos de caráter aqui, e pela graça de Cristo precisamos vencê-los enquanto dura a graça. Este é o lugar para nos prepararmos para a família do Alto.

É grandemente necessária a religião no lar, e nossas palavras aí devem ser de um justo caráter, ou nossos testemunhos na igreja de nada valerão. A menos que manifesteis mansidão, bondade e cortesia no lar, vossa religião será vá. Se houvesse mais genuína religião doméstica, mais poder haveria na igreja.


Terrível Engano Procrastinar a Instrução Religiosa. – É coisa muito grave deixar que os filhos cresçam sem o conhecimento de Deus.

Os pais cometem um terrível erro quando negligenciam a obra de dar a seus filhos instrução religiosa, pensando que tudo resultará bem no futuro, e que ao se tornarem mais velhos estarão ansiosos por uma experiência religiosa. Não vedes, pais, que se não plantardes a preciosa semente da verdade, do amor, de atributos celestiais, no coração, Satanás semeará o campo do coração com joio?

Muitas vezes é permitido às crianças crescer sem religião, porque os pais pensam que são demasiado jovens para ter sobre si deveres cristãos...

A questão de deveres dos filhos no que respeita a matéria religiosa deve ser decidida de maneira absoluta e sem hesitação enquanto são membros da família.

Os pais estão no lugar de Deus em relação aos filhos a fim de dizer-lhes o que devem e o que não devem fazer, com firmeza e perfeito domínio próprio. Cada esforço por eles feito com bondade e autodomínio cultivará em seu caráter os elementos de firmeza e decisão... Pais e mães estão presos ao dever de estabelecer esta questão bastante cedo para que a criança não pense em quebrar o sábado, em negligenciar o culto religioso e a oração em família mais do que pensaria em roubar. Os pais devem, com as próprias mãos, construir a barreira.

Desde a mais tenra idade uma educação sábia nos moldes cristãos deve começar a ser levada avante. Quando o coração das crianças é susceptível de impressão, deve-se-lhes ensinar sobre as realidades eternas. Os pais devem lembrar que estão vivendo, falando e agindo na presença de Deus.

Pais, que procedimento estais adotando? Estais agindo com base no pensamento de que em assuntos religiosos devem vossos filhos ser deixados livres de qualquer restrição? Estais deixando-os sem conselho ou admoestação através da meninice e juventude? Estais permitindo que façam o que bem lhes apraz? Se assim é, estais negligenciando as responsabilidades que Deus vos deu.

Adaptar a Instrução à Idade. – Tão logo sejam os pequenos capazes de compreender, devem os pais contar-lhes a história de Jesus, a fim de que bebam nas preciosas verdades concernentes ao Infante de Belém. Imprimi na mente das crianças sentimentos de singela piedade adaptados aos seus anos e possibilidades. Levai vossos filhos em oração a Jesus, pois Ele tem-lhes tornado possível o aprendizado da religião ao aprenderem os rudimentos da linguagem falada.

Quando bem jovens, os filhos são suscetíveis a divinas influências. O Senhor toma essas crianças sob Seu especial cuidado; e quando são criadas na doutrina e admoestação do Senhor, tornam-se um auxílio, e não um entrave aos pais.


Esforço Conjugado dos Pais, no Ensino Religioso no Lar. – Pai e mãe são responsáveis pela manutenção da religião no lar.
Não acumule a mãe sobre si demasiados cuidados, de maneira que não possa dedicar tempo às necessidades espirituais de sua família. Busquem os pais a orientação de Deus em sua obra. Ajoelhados em Sua presença adquirirão verdadeira compreensão de suas grandes responsabilidades, e aí podem encomendar os filhos Àquele que jamais erra no conselho e instrução...

O pai de família não deve deixar à mãe todo o cuidado na ministração de ensino espiritual. Grande obra deve ser feita por pais e mães, e ambos devem desempenhar sua parte individual em preparar os filhos para a grande revista do juízo.

Pais, tomai convosco vossos filhos em vossos exercícios espirituais. Envolvei-os nos braços de vossa fé, e consagrai-os a Cristo. Não permitais que coisa alguma vos leve a recuar de vossa responsabilidade de educá-los retamente, não consintais que nenhum interesse secular vos induza a deixá-los para trás. Nunca permitais que vossa vida cristã os isole de vós. Levai-os convosco ao Senhor; educai-lhes as mentes para que familiarizem com a divina verdade. Deixai-os associarem-se com os que amam a Deus. Levai-os ao povo de Deus como crianças cujo caráter próprio para a eternidade estais ajudando a edificar.

Religião no Lar – que não fará ela? Fará o trabalho que Deus deseja seja feito em cada família. As crianças serão educadas na doutrina e admoestação do Senhor. Serão educadas e instruídas, não para serem devotas da sociedade, mas membros da família do Senhor.

Os Filhos Esperam dos Pais uma Vida Coerente. – Tudo deixa sua impressão na mente juvenil. A fisionomia é estudada, a voz tem sua influência, o comportamento é por eles imitado bem de perto. Pais e mães irritadiços e impertinentes estão dando aos filhos lições que, algum dia, eles dariam o próprio mundo, se este lhes pertencesse, para desaprenderem. Os filhos precisam ver na vida dos pais aquela coerência que está em harmonia com sua fé. Por revelar uma vida coerente e exercer domínio próprio, os pais podem modelar o caráter dos filhos.


Deus Honra a Família Bem Dirigida. – Pais e mães que põem a Deus em primeiro lugar na família, ensinam os filhos a considerarem o temor de Deus como o princípio da sabedoria, glorificam a Deus diante dos anjos e dos homens, oferecendo ao mundo o espetáculo de uma família bem dirigida e bem educada – uma família que ama e obedece a Deus e contra Ele não se rebela. Cristo não será um estranho numa família assim. Seu nome ser-lhes-á familiar e o reverenciarão e glorificarão. Os anjos se deleitam numa família em que Deus reina soberano e os filhos são ensinados a honrar a religião, a Bíblia e o Criador. Essas famílias têm direito à promessa: “aos que Me honram, honrarei.”


Como Cristo Pode Ser Introduzido no Lar. – Quando Cristo está no coração, é introduzido na família. Pai e mãe sentem a importância de viver em harmonia com o Espírito Santo, de maneira que os anjos celestes, que ministram aos que hão de herdar a salvação, ministrarão para eles como mestres que são no lar, educando-os e preparando-os para a obra de ensinar os filhos. É possível ter no lar uma pequena igreja que honre e glorifique ao Redentor.


Tornai Atrativa a Religião. – Tornai a vida cristã atrativa. Falai do país onde os seguidores de Cristo irão fazer sua morada. Ao proceder assim, Deus guiará vossos filhos em toda a verdade, enchendo-os com o desejo de se prepararem para as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam.

Não devem os pais compelir os filhos a ter uma religião formal, mas devem pôr diante deles os princípios eternos numa luz atrativa.

Os pais devem tornar a religião de Cristo atrativa pela alegria, pela cortesia cristã e por simpatia terna e compassiva; mas devem ser firmes no reclamar respeito e obediência. Princípios retos devem ser estabelecidos no espírito da criança.

Precisamos apresentar aos jovens um incentivo para o reto proceder. Prata e ouro não são suficientes para isto. Revelemo-lhes o amor, misericórdia e graça de Cristo, a preciosidade de Sua Palavra, e a alegria de quem triunfa. Em esforços desta natureza fareis uma obra que perdurará através da eternidade.


Por que Alguns Pais Falham. – Alguns pais, embora professem ser religiosos, não põem diante dos filhos o fato de que Deus deve ser servido e obedecido, de que a conveniência, o prazer ou inclinação não devem interferir com o que Ele deles reclama. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.” Este fato deve estar entretecido na própria vida e caráter. A correta concepção de Deus mediante o conhecimento de Cristo, que morreu para que pudéssemos ser salvos, deve ser impressa em suas mentes.

Podeis pensar, pais, que não tendes tempo para fazer tudo isto, mas deveis tomar tempo para fazer vossa obra na família, pois do contrário Satanás suprirá o que falta. Cortais fora de vossa vida tudo que impeça a execução desta obra, e educai vossos filhos segundo a ordem de Deus. Negligenciai tudo que for de natureza temporal, mostrai-vos satisfeitos em viver economicamente, restringi vossas necessidades, mas pelo amor de Cristo não negligencieis o ensino religioso vosso próprio e de vossos filhos.


Cada Membro da Família Deve Ser Dedicado a Deus. – As regras que Moisés deu concernentes à Páscoa são plenas de significado, e têm aplicação a pais e filhos nesta era do mundo...

O pai devia atuar como sacerdote da família, e se o pai fosse falecido , o filho mais velho devia realizar o solene ato de aspergir os umbrais da porta com o sangue. Este é um símbolo da obra a ser feita em toda família. Devem os pais reunir os filhos no lar e apresentar Cristo diante deles como sua Páscoa. O pai deve dedicar todo membro da família a Deus e fazer a obra que é representada pela festa da Páscoa. É perigoso depor este solene encargo nas mãos de outros.

Decidam os pais cristãos que serão leais a Deus, e disponham-se a reunir os filhos no lar consigo e assinalem os umbrais com sangue, representando a Cristo como o único que pode proteger e salvar, a fim de que o anjo destruidor passe por alto o feliz círculo da família. Que o mundo veja que uma influência mais que humana está em operação no lar. Mantenham os pais vital conexão com Deus, pondo-se do lado de Cristo, e mostrem por Sua graça que grande bem pode ser realizado por meio da instrumentalidade paterna.

EGW, O Lar Adventista, Capítulo 54, páginas 317 a 325.

Tempo de Ser Pesado na Balança


O Senhor é o Deus da sabedoria e pesa todos os feitos na balança. I Sam. 2:3.
Vi um anjo com balanças na mão, pesando os pensamentos e interesses do povo de Deus, especialmente dos jovens. Num prato estavam os pensamentos e interesses que tendiam para o Céu; no outro achavam-se os que se inclinavam para a Terra. E nessa balança era lançada toda leitura de livros de histórias, pensamentos acerca do vestuário e exibição, vaidade, orgulho, etc. Oh! que momento solene! Os anjos de Deus em pé com balanças, pesando os pensamentos de Seus professos filhos - aqueles que pretendem estar mortos para o mundo e vivos para Deus!
O prato cheio dos pensamentos da Terra, vaidade e orgulho, desceu rapidamente, e não obstante peso após peso rolou do prato. O que continha os pensamentos e interesses que se voltavam para o Céu subiu ligeiro enquanto o outro descia e, oh! quão leve estava ele! Posso relatar isso pelo que vi, mas nunca poderei dar a impressão solene e vívida gravada em minha mente, ao ver o anjo com a balança pesando os pensamentos e interesse do povo de Deus. Disse o anjo: "Podem esses entrar no Céu? Não, não, nunca. Diga-lhes que a esperança que agora possuem é vã, e a menos que se arrependam depressa e obtenham a salvação, hão de perecer." ...
Vi que muitos se comparam entre eles mesmos, e comparam sua vida com a de outros. Não deve ser assim. Ninguém, senão Cristo, nos é dado como exemplo. Ele é nosso verdadeiro modelo, e todos devem esforçar-se por imitá-Lo. Ou somos coobreiros de Cristo, ou coobreiros do inimigo. Ou ajuntamos com Cristo, ou espalhamos. Ou somos cristãos decididos, de todo o coração, ou nada somos. Diz Cristo: "Oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca." Apoc. 3:15 e 16.
Vi que muitos mal sabem ainda o que seja abnegação ou sacrifício, ou o que seja sofrer por amor da verdade. Mas ninguém entrará no Céu sem fazer algum sacrifício. Cumpre cultivar o espírito de abnegação e sacrifício. Alguns não se sacrificaram a si mesmos, a seu corpo, sobre o altar de Deus. Condescendem com o temperamento caprichoso, impulsivo, satisfazem os próprios apetites e cuidam dos próprios interesses egoístas, sem consideração para com a causa de Deus. Os que estiverem dispostos a fazer qualquer sacrifício pela vida eterna, tê-la-ão; e vale a pena que soframos por sua causa, que por ela crucifiquemos o próprio eu, e sacrifiquemos todo ídolo. O excelente peso eterno de glória absorve tudo, e eclipsa todo prazer terreno. Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 24 e 26.

{Leia o Espírito de Profecia}

SÁBADO – A OUTRA MENINA DOS OLHOS



Reafirmo o que tenho dito e crido: o sábado é bíblico e ponto final. Mas o que fazemos com ele? Em vez de torná-lo um dia de bênção, o transformamos num fardo. Quase nada difere do que os judeus faziam no tempo de Cristo. Há exceções, não muitas. Outra dura realidade!


Vamos analisar com sinceridade o que, na média, um adventista faz e não faz durante o sábado: não trabalha, não compra, nem assiste TV, mas muitas vezes fala e pensa em trabalho; quando precisa, alguns pedem que outros comprem ou paguem contas em seu lugar (ou de quando em quando compram literatura adventista para “pagar” noutro dia). Ah, claro, vai à igreja pela manhã, mas se o corpo está presente, os pensamentos ficam a quilômetros de distância! Depende um pouco do pregador. Depois se empanturra com aquela comida especial de sábado, com direito a muito doce na sobremesa, e em seguida tira uma boa soneca. Tem direito, não é? Trabalhou duro a semana toda. Soneca? Para muitos, dura a tarde inteira. Uns gatos pingados vão ao culto jovem, a não ser que haja show de algum famoso conjunto de fora. Aí a igreja fica lotada.


Outros participam de ensaios musicais. É uma festa, quando não sai briga entre o sonoplasta e os cantores (conheço bem esse filme). Os oficiais da igreja são convocados para comissões e demais reuniões administrativas, aquelas para implantar projetos feitas por departamentais que têm de mostrar serviço. A esposa e os filhos que se virem sozinhos, o trabalho do Senhor é mais importante. Misericórdia! Depois não sabem porque os filhos detestam dia de sábado. Como me lembro das comissões de nomeações que não acabavam nunca! (Falo porque já fiz tudo isso). Há aqueles que juntam um grupinho para bater papo, principalmente os que moram perto de colégios e de outras instituições. Nem é preciso imaginar que tipo de conversa predomina. Todo mundo sabe. O DIVA (departamento de investigação da vida alheia) come solto com a tesoura.


E para terminar o sábado, só se vê gente consultando o relógio e a altura do Sol no horizonte para ligar a TV e assistir novelinha das seis, das sete, das oito... Ou, para ir ao Shopping com a moçada e comer uma pizza. Programa de sábado à noite é sempre esperado com grande expectativa. Horário de verão é um martírio. O dia fica tão compriiiiiiido.... ainda bem que a sexta-feira compensa. Quando há jogo de copa do mundo no sábado, Deus nos acuda! Fica todo mundo contando os rojões. Estou exagerando? Quer mais? Vamos parar aqui, senão o artigo vai ficar muito comprido.


Como já disse, há exceções. Conheço gente que realmente ”observa” o sábado e faz dele um dia de comunhão com o Senhor. Inclusive há alguns que nem são adventistas. Há igrejas evangélicas observando o sábado como dia de consagração especial a Deus. Fazem isso “em surdina” por causa do preconceito da maioria evangélica.

Querido, se você guarda o sábado de verdade, glorifico a Deus por sua vida. Infelizmente há poucos. ”Muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos”. Esse é um retrato da realidade.


Faço agora uma segunda indagação acerca do sábado. Quantos usam as horas do sábado para ter uma verdadeira comunhão com Jesus, para estudar Sua Palavra, para conhecê-Lo melhor, para desenvolver uma intimidade com Cristo? A situação se parece com o que o mundo faz com o Natal: comemora a data e esquece o aniversariante. Já presenciei muitos debates entre adventistas e outros evangélicos acerca da guarda do sábado, mas jamais vi alguém dando a mesma ênfase à adoração do Senhor do Sábado.

Temo estar exagerando na dose. É muita desgraça para quem almeja viver na graça. Tenho que encerrar. O que escrevi não é crítica nem acusação. Crítica construtiva não existe. É apenas um diagnóstico realista e um brado de alerta.


Não desanime, meu irmão. Sempre há esperança, pois Deus é misericordioso e não tem prazer na morte do ímpio. Mas é preciso haver mudança profunda e radical. Efésios é um bom livro para ser estudado no contexto de hoje. Já ouviu falar em batalha espiritual? Mais uma razão para estudar Efésios.


Vou terminar, partilhando com você uma ilustração que ouvi do querido conferencista que os mais antigos conhecem: Pastor Geraldo de Oliveira, carinhosamente conhecido como Pastor GG.

Uma grande igreja estava recebendo seu novo pastor. Havia muita expectativa, pois se dizia que era um pastor com “P maiúsculo”, embora pouco conhecido na região.

O sábado da estréia do pastor chegou. A igreja estava lotada. Manhã de sol, prenunciando um dia de festa. Após a Escola Sabatina e os Minutos Missionários, veio a “segunda hora” (como se falava antigamente). Houve todo o processual de início do culto com a participação do coral que cantou várias músicas especiais. A filha do ancião recitou uma poesia (de Mário Barreto França, lembra-se?) em saudação ao novo pastor. Por pouco, o pai e a mãe não perdem a pose a aplaudem a filha que se apresentou impecável.

Finalmente, a hora do sermão. O pastor se levanta com firmeza, olha bem para a igreja e convida o povo a abrir a Bíblia em Atos 2:38. Lê pausadamente, com voz solene: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” Fechando a Bíblia, assenta-se e faz sinal para que o irmão encarregado anuncie o hino final. Na saída, despedida calorosa. Todos querem abraçar o novo pastor.

Imagine a alegria da Igreja. Os comentários eram os mais elogiosos possíveis. “Que pastor maravilhoso. Com um verso bíblico apenas pregou um dos mais lindos sermões que já ouvimos nesta igreja.” Outros ficaram felizes por ter a chance de almoçar mais cedo e ter mais tempo para “repousar segundo o mandamento” (conhece bem essa expressão? Já a ouvi centenas de vezes, nesse sentido irônico).

A notícia correu. No outro sábado, vários membros afastados resolveram voltar à igreja quando souberam do novo pastor. Quem não aprecia um pastor como esse? Eu também gostava de pregadores que falavam pouco.

Igreja superlotada. Tudo ocorreu como no sábado anterior, inclusive o sermão. Alguns acharam um pouco estranho. Não ficaram muito satisfeitos. Comentários foram feitos à boca pequena. “Que será que o pastor está querendo com isso? Pensávamos que hoje haveria uma mensagem diferente, ainda que fosse apenas um texto bíblico, mas o mesmo verso?”

As expectativas para o sábado seguinte aumentaram grandemente. Vários membros mais influentes estavam dispostos a tomar uma posição firme, caso acontecesse a mesma “palhaçada” (expressão usada para classificar a atitude do novo pastor).

Na hora do culto, o coral terminou sua apresentação sem muito entusiasmo. Na verdade, a congregação tinha “cara de poucos amigos”. Parecia que todos estavam imaginando o que iria acontecer. E aconteceu. O pastor se levantou e leu o mesmo verso: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.”

O pastor já ia se assentando quando um irmão levantou-se no auditório e pediu a palavra:

“Pastor, é o terceiro sábado que o senhor vem aqui para ler um verso que nós sabemos decor. Não precisamos de um pastor aqui na igreja para isso.”

Em seguida levantou-se uma irmã:

“Pastor, desculpe a sinceridade, mas o senhor acha que somos, crianças? Esta é uma igreja que estuda e conhece bem a Bíblia. Não estamos numa escolinha do jardim para decorar versinhos e depois recitá-los do décimo-terceiro sábado.”

Outros membros falaram, sempre com o mesmo tipo de discurso. O pastor os ouviu pacientemente. Finalmente, perguntou: ”Alguém mais quer falar?” Todos já haviam feito seu desabafo.

Então o pastor começou realmente a pregar. Ele conhecia bem a igreja que estava assumindo: havia orado, jejuado e chorado por ela.

“Irmãos, enquanto não houver arrependimento genuíno, enquanto a igreja não reconhecer seus problemas para que haja cura, enquanto esta palavra não for cumprida, não tenho outra mensagem para vocês.” Com aquela unção que somente pode vir do alto, o pastor foi conduzindo a igreja a um quebrantamento jamais visto. Houve grande comoção, mas sem emocionalismo barato. Deus tocou o coração de cada membro de tal maneira, que não foi preciso fazer qualquer apelo ao arrependimento. A igreja entendeu a mensagem. E a colocou em prática. Seguiu-se um verdadeiro avivamento entre os irmãos. O evangelho frutificou abundantemente naquela cidade. O inimigo perdeu uma de suas principais cidadelas. A visão do vale de ossos secos de Ezequiel 37 foi cumprida naquela igreja.


Só mais um ponto a ser esclarecido quanto ao verdadeiro arrependimento. Deus não perdoa pecados por atacado. Sempre ouço gente orando: “Senhor, perdoa todos os meus pecados...” Pecado tem nome e precisa ser confessado nominalmente, mesmo na oração particular. Se você não tem idéia por onde começar, veja os frutos da carne em Gálatas 2: 19 a 21. Há uma lista extensa de pecados. É provável que você se enquadre em alguns deles. Então, identificando-os, arrependa-se especificamente em relação a cada um. Aproveite a Bíblia aberta em Gálatas e leia os versos 22 e 23 para saber qual o fruto do Espírito, gerado pelo novo nascimento.


Querido irmão, você que leu com paciência e sem preconceito tudo o que escrevi, saiba que Deus está buscando um povo que realmente cumpra Seu propósito, que O ame acima de todas as coisas, de todo o coração e de todo o entendimento. É tempo de buscar genuíno arrependimento e de fazer mudanças profundas de vida. Chega de brincar de religião. Não queira estar entre os que Jesus vai colocar à Sua esquerda e declarar a respeito deles.”Apartai-vos de Mim, malditos”. O novo nascimento faz toda a diferença na vida de uma pessoa. “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não O Serve” (Malaquias 3:18). Não dá mais para ficar na posição laodiceana. Conversão pela metade não existe. Mornidão significa perdição completa. É preciso tomar posição firme ao lado de Jesus sem medo de ser chamado de fanático – e não deve mesmo ser fanático, pois Satanás gosta muito deles. Fanatismo e seriedade no relacionamento com Deus são coisas diferentes e incompatíveis entre si.


“...Todavia não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia.” II Timóteo 1:12. Um novo tempo está começando na terminação da Obra de Deus neste mundo. A nuvem de glória está passando, não vamos perder a oportunidade. “Exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. ... Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração.” Hebreus 3:13 e 15.


Deus conta comigo e com você. Vamos juntar forças e entrar nessa batalha? Ele nos vai capacitar, pois a guerra será difícil. Nossa luta não é contra carne e sangue (Efésios 6:12). Tenho plena consciência de que vamos meter a mão num grande “vespeiro”. O inimigo vai ficar furioso. Mas não temo, estou bem protegido pela armadura do Senhor. E com Ele, temos a garantia de sermos “mais que vencedores”. Estamos juntos nessa? Então divulgue esta mensagem!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A Volta de Jesus é ainda nosso maior anseio?


"E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra". (Apocalipse 22:12)

NO dia 24 de outubro, o então Secretário Geral da ONU Ban Ki-moom em sua mensagem para o Dia das Nações Unidas, nesta sexta-feira, quando a comunidade internacional de nações celebra o 63ª aniversário de sua instituição, declarou: "Vemos agora com uma clareza sem precedentes, que ninguém pode se considerar a salvo das ameaças deste século. As mudanças climáticas, a difusão de doenças e de armas mortais, e a praga do terrorismo são todos fenômenos que não conhecem fronteiras". Realmente as palavras do secretário se harmonizam perfeitamente no contexto Bíblico da insegurança que o mundo hoje atravessa,e nessa incerteza humana, alto e clara voz afirma:"Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa." (Apocalipse 3:11).
No entanto alerto sobre algo totalmente inexplicável que acontece: quanto mais os sinais da volta de Jesus se fazem torna-se mais distintos e claros, mais as pessoas se "vacinam" contra esses sinais ou intentam não vê-lo.

Jesus certa feita alertou seus discípulos:"Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" (Lucas 18:8)Os cristãos de outrora perderam a fé na próxima vinda de Jesus e antecipam expectativas de dias melhores, os castelos estão se formando à sua volta de forma que não olham mais pra cima e sim para baixo. O capitalismo, os cuidados e o amor a essa vida insensibilizaram os olhos e ouvidos de cristãos modernos e tudo gira em torno de algo mais passageiro e fútil, parece uma verdadeira epidemia diabólica. Até mesmo os sermões de outrora mudaram de figura: prega-se a prosperidade no lugar da renúcia, a crença no lugar da obediência, a libertinagem no lugar da santidade e, ouse alguém pregar o contrário. Misericórdia! Até a música sacra perdeu-se diante de um som estranho e repetitivo "barulhento" cheio de gritos e barulho de tambores, mas não é pra menos, "temos que seguir os ritmos de hoje ou perderemos os jovens", afirmam, sem contarem que já os perderam para o mundo! Seus ouvidos foram educados para a futilidade! Os caminhos largo e estreito tomaram rumos iguais ou eu estou sonhando? Diz o salmista: "Medito nos Teus testemunhos." "Pelos Teus mandamentos alcancei entendimento; pelo que aborreço todo o falso caminho." Sal. 119:99 e 104.


E quanto aos nossos líderes? os sentidos espirituais de líderes religiosos se perderam e ficaram tão entorpecidos que são incapazes de discernirem o perigo que ameaçam as almas. Não sabem que são responsáveis para com Deus.

Satanás se esforça constantemente por atrair a atenção para o homem, em lugar de Deus. Induz o povo a olhar para os bispos, pastores, professores de teologia, como seus guias, em vez de examinarem as Escrituras a fim de, por si mesmos, aprenderem seu dever. Então, dominando o espírito desses dirigentes, pode influenciar as multidões de acordo com sua vontade. O povo não lê na Bíblia, confia plenamente nos dogmas da igreja e nas imposições de seus pastores. Uma armadilha mortal é confiar no homem e deixar sob sua responsabilidade os ditames de nossa consciência. Pode ser que achemos que seus ensinos nos leva ao céu, quando na verdade nos arrastam às portas do inferno. Assim o era nos dias de Cristo:

"Quando Cristo veio para falar as palavras de vida, o povo comum O ouvia alegremente; e muitos, mesmo dos sacerdotes e príncipes, creram nEle. Mas os principais do sacerdócio e os primeiros homens da nação estavam decididos a condenar e repudiar-Lhe os ensinos. Fossem embora frustrados todos os seus esforços para encontrar acusações contra Ele, e sem mesmo poder fugir à influência do poder e sabedoria divinos, que acompanhavam Suas palavras, encerraram-se, todavia, no preconceito; rejeitaram a mais clara evidência de Seu caráter messiânico, receosos de que fossem constrangidos a se tornarem Seus discípulos. Estes oponentes de Jesus eram homens que o povo desde a infância fora ensinado a reverenciar, a cuja autoridade se havia acostumado implicitamente a curvar-se. "Como é", perguntavam, "que nossos príncipes e doutos escribas não crêem em Jesus? Não O receberiam estes homens seus princípios se Ele fosse o Cristo?" Foi a influência desses ensinadores que levou a nação judaica a rejeitar seu Redentor.
O espírito que atuava naqueles sacerdotes e príncipes, é ainda manifesto por muitos que fazem alta profissão de piedade. Recusam-se a examinar o testemunho das Escrituras concernente às verdades especiais para este tempo. Apontam para o seu número, riqueza e popularidade, e olham com desdém os defensores da verdade, sendo estes poucos, pobres e impopulares, tendo uma fé que os separa do mundo.Cristo previu que o fato de acatar da autoridade a que se entregavam os fariseus e escribas não cessaria com a dispersão dos judeus. Com o olhar profético viu a obra de exaltação da autoridade humana, com o fim de reger a consciência, a qual tem sido para a igreja uma tão terrível maldição, em todos os tempos." (GC, pag. 596)

Enquanto muitos são enganados, outros se deixam enganar. O mundo é atrativo, e a membresia não quer abandonar seus costumes em favor da verdade. Em troca da renúncia a uma vida mais cômoda, muitos se deixam iludir e os interesses eternos são sacrificados. "Falem-nos coisas agradáveis, que nossos ouvidos gostam de ouvir!" - Declaram.
"Apostasia, apostasia, apostasia!" está escrito sobre cada porta de cada congregação, e a relutância e a incredulidade fixa ainda mais os pregos sobre essa lápide mortal, quem dera seja você ainda, amigo, o único que possa removê-la, a menos que seu coração já esteja nessa situação deplorável.

"Estamos vivendo no período mais solene da história deste mundo. O destino das imensas multidões da Terra está prestes a decidir-se. Nosso próprio bem-estar futuro, e também a salvação de outras almas, dependem do caminho que ora seguimos. Necessitamos ser guiados pelo Espírito da verdade. Todo seguidor de Cristo deve fervorosamente indagar: "Senhor, que queres que eu faça?" Necessitamos humilhar-nos perante o Senhor, com jejum e oração, e meditar muito em Sua Palavra, especialmente nas cenas do juízo. Cumpre-nos buscar agora uma experiência profunda e viva nas coisas de Deus. Não temos um momento a perder. Acontecimentos de importância vital estão a ocorrer em redor de nós; estamos no terreno encantado de Satanás. Não durmais, sentinelas de Deus; o adversário está perto, de emboscada, pronto para a qualquer momento, caso vos torneis negligentes e sonolentos, saltar sobre vós e fazer-vos presa sua.
Muitos estão enganados quanto à sua verdadeira condição perante Deus. Congratulam-se pelos maus atos que não cometem, e esquecem-se de enumerar as boas e nobres ações que Deus exige deles, mas negligenciaram cumprir. Não basta que sejam árvores no jardim de Deus. Devem corresponder a Sua expectativa, produzindo frutos. Ele os responsabiliza pela sua falta em cumprir todo o bem que poderiam fazer, mediante Sua graça que os fortalece. Nos livros do Céu, acham-se eles registrados como estando a ocupar em vão o terreno. Contudo, mesmo o caso desta classe não é inteiramente desesperador. Em prol daqueles que têm tomado em pouca consideração a misericórdia de Deus, desprezando Sua graça, o coração do
Pág. 602
longânimo Amor ainda pleiteia. "Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, ... remindo o tempo; porquanto os dias são maus." Efés. 5:14-16." (GC, pág. 602)

Os sinais estão aí, Jesus já está voltando e precisamos abandonar inteiramente o título laodiceano. Deus não salvará Laodicéia de sua pretenção, ser neutro diante de uma crise é o ato mais terrível de traição que Ele não pode suportar, mas ternamente ele bate a porta de nosso coração e nos convida a ouvirmos Sua voz. Atenderemos ao seu chamado?

O tempo de agonia e angústia que diante de nós está, exigirá uma fé que possa suportar o cansaço, a demora e a fome - fé que não desfaleça ainda que severamente provada.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O Trovão da Justiça e o Movimento Mariano


O mundo já se encontra pronto e bem preparado para aceitar este engano que é quase irresistível. De fato, na capa do número de dezembro de 1996 da revista Life apareceu uma foto de uma estátua de Maria com o seguinte cabeçalho: “Dois mil anos depois da Natividade, a mãe de Jesus é mais QUERIDA, PODEROSA e CONTROVERSA, do que nunca. O mistério de Maria”. O final deste artigo foi de especial interesse para mim. Declarava: “Maria… poderia conduzir-nos a uma reunião ecumênica das igrejas cristãs. Ela poder-nos-ia levar a uma melhor compreensão daquela jovem que deu à luz em Belém faz dois mil anos. Chegaríamos a conhecer Maria”…
“Poderíamos nós, pedir a esta simples jovem que dirija o que se converteu já não apenas num culto, mas sim numa imensidão de apaixonados crentes, um movimento que requer um herói, um rebanho mundial que por longo tempo tem exigido mais dela; que em alguns casos tem rogado que ela mesma proclame a sua própria mensagem? Pergunto-me: Se Maria se transformasse num ser puramente humano — se as pessoas na verdade lhe pudessem estender a mão e tocar em Maria — seria realmente Maria?”
Meus amigos, cuidado com aqueles que expõem esta espécie de pensamentos e que também se referem a Maria como “Co-redentora, Mediadora e Advogada”. Em primeiro lugar, não há na Bíblia referencia à Virgem Maria como “co-redentora” da humanidade. O profeta Isaías, referindo-se a Jesus Cristo, escreveu o seguinte: “…Então saberás que eu, o Senhor, sou o teu Salvador, e o teu Redentor, o Poderoso de Jacó” (Isaías 60:16). No Novo Testamento, Paulo e Pedro, ambos apóstolos aludiram de uma forma decidida ao preço que se pagou e ao sangue que se derramou para obter a redenção da humanidade. Paulo disse: “Ou não sabeis que o nosso corpo é o santuário do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus? Não sois de vós mesmos; fostes comprados por bom preço. Glorificai, pois, a Deus [a não a Maria] no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”. (I Coríntios 6:19-20). E Pedro diz-nos qual foi o preço dessa redenção: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver a qual por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem macha” (I Pedro 1:18-19). Só pode haver, então, um só Redentor- Jesus Cristo, o qual pagou o preço do resgate com o seu próprio sangue, tendo renunciado a vida infinita no Céu para vir ao mundo redimir a raça humana perdida. Em segundo lugar, como pode Maria ser nossa “Mediadora” quando a Bíblia explicitamente nos adverte que: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, [que o de Jesus Cristo — ver Atos 4:10] dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” e “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”. (Atos 4:12; I Timóteo 2:5)? Evidentemente Jesus é o único ser qualificado para ser o Mediador da humanidade. E, em terceiro lugar, teria a mãe de Jesus alguma vez pretendido ser a nossa “Advogada” quando em I João 2:1 diz: “…Se, porém, alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”? Se a verdadeira Virgem Maria estivesse viva, contradiria as palavras do seu Filho? Apesar disso, o livro O Trovão da Justiça, que registra muitas das presumíveis declarações feitas pela falsa Virgem Maria a diferentes pessoas ao redor do mundo, diz que o papel que Maria desempenha é o de “Co-redentora, Mediadora e Advogada”. Apesar do calvário ter sido em primeiro lugar, e sobretudo, o cenários dos sofrimentos da Paixão e Morte de Nosso Senhor, estes também foram a causa pelo qual Nossa Senhora padeceu feridas místicas ocultas. Deus não quer que as preciosas feridas de Nossa Senhora permaneçam ocultas por mais tempo, mas pelo contrário, o seu povo deve compreender a singular purificação que a humanidade recebeu, e continuará a receber, mediante a devoção às Feridas Ocultas e Místicas de Maria”. (O Trovão da Justiça p. 29). Como se ela tivesse sido crucificada e oferecido uma vida infinita por nós!
Amigos, foi porventura por causa das feridas de Maria que Isaías escreveu no seu famoso capítulo 53? Porventura foi a ela que a “consideramos como aflita, ferida de Deus e oprimida” e a quem foi “ferida pelas nossas transgressões”, ou a que “como um cordeiro foi levada ao matadouro”? Não, não! Foi Cristo! Isaias escreveu claramente: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados… foi oprimido e humilhado… como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca”. (Isaías 53: 4, 5, 7). Foi Jesus Cristo, o Filho de Deus, que disse: “Eu sozinho pisei o lagar; dos povos ninguém houve comigo [nem sequer Maria]…” (Isaías 63:3).
Apesar disto, O Trovão da Justiça alega além disso que quando a suposta Maria aparece às pessoas, alguns dos outros títulos blasfemos que ela emprega para identificar-se são os seguintes: “Nossa Senhora de Todas as Nações”, “A Guardiã da Fé”, “A Imaculada Concepção”, “Puríssima e Sem Pecado”, “Mãe da Igreja”, “Rainha do Santo Rosário”, “Nossa Senhora de Guadalupe” (que significa “a que esmaga a serpente”), “A sua Imaculada Esposa [do Espírito Santo], “A Segunda Eva” ou “A Nova Eva”, “A Rainha do Mundo”, “A Rainha dos Céus e da Terra”, e por último, mas não menos importante, “A Rainha da Nova Era Vindoura”.
Por favor, espero que ninguém pense que estou faltando ao respeito a Maria ao escrever este livro na medida em que eu anelo e rogo a Deus que me permita conhecê-la na Manhã da Ressurreição quando os santos saírem dos sepulcros. Ela desde logo foi uma admirável mulher cristã. Foi por isso que Deus a escolheu para ser a mãe do messias. Mas quando Satanás se aproveita da figura dela como meio para enganar as almas, então eu, como sentinela sobre os muros de Sião, vejo-me obrigado a tocar a trombeta. Por conseguinte, tenho que ter tempo para revelar a blasfêmia que implicam alguns destes nomes. Primeiro, permita-me comentar sobre dois dos títulos dados a Maria: “A Imaculada Concepção” e “Puríssima e Sem Pecado”. Sabia o leitor que quando se menciona o nome de “Imaculada Concepção” quase todas as pessoas crêem que o título se aplica ao nascimento virginal de Jesus? Mas isso é um engano. A Imaculada Concepção, que é uma doutrina católica romana, de nenhuma forma se aplica a Jesus. Refere-se ao nascimento da Virgem Maria, a qual, de acordo com a Igreja Católica Romana, foi concebida sem a mancha do pecado original e por isso é chamada “Puríssima e Sem Pecado”. Eis aqui, o que ensina oficialmente a Igreja Católica: “… Maria, a Virgem Mãe de Jesus, pelos méritos de seu divino Filho, foi preservada do pecado original desde o primeiro instante da sua concepção no ventre de sua mãe Santa Ana. Este grande privilégio chama-se a Imaculada Concepção e foi proclamado um dogma de fé pelo Papa Pio IX em 1854. Celebra-se a cada ano como dia de preceito em 8 de dezembro” (Catecismo Básico, publicado por Pauline Books & Media, 1985, p. 35). A Bíblia, pelo contrário, diz-nos claramente que “… todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus…” e “Não há um justo, nem um sequer…” (Romanos 3:23; e 3:10). Além disso, fica claramente estabelecido nos registros genealógicos bíblicos, que Maria era uma israelita de puro sangue, sendo da descendência de Abraão por parte de pai e mãe. Observemos agora esta declaração do apóstolo Paulo em Hebreus 2:16 referente a natureza humana de Jesus: “Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão”. (Hebreus 2:16). E Abraão viveu com a herança de uma natureza humana caída 2.000 anos depois de Adão e Eva terem sido expulsos do Éden, e vários séculos depois de Deus ter destruído o mundo por intermédio de um dilúvio por causa da grande maldade da humanidade. Não obstante, a Igreja Católica e o Movimento Sacerdotal Mariano quiseram que crêssemos que Maria era santa. De fato, a bem conhecida reza católica, “A Ave Maria”, inclui as palavras: “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”. Na obra Catechism of Christian Doctrine, p. 27, a Igreja Católica crê que tais palavras foram compostas por ela mesma sob a inspiração do Espírito Santo. Todavia, nem uma vez sequer nas Escrituras Maria é chamada de “Santa Maria” sendo precisamente o contrário quando se referem a Jesus. As Escrituras, cujo o autor é o Espírito Santo (2 Pedro 1:21), ao referi-se a Jesus, chamam-no “o ente santo” e “teu santo Filho Jesus” (Lucas 1:35 e Atos 4:30). Cristo é a única pessoa na Bíblia cujo nascimento humano se descreve dessa maneira!
Mas novamente O Trovão da Justiça contraria a Palavra de Deus quando se refere ao que foi denominado como a “Assunção”: “Maria havia sido elevada ao Céu… Visto que era livre de pecado, o seu corpo não teve que sofrer a corrupção da sepultura… A Igreja sempre sustentou a veracidade da assunção de Maria e em 1950 o Papa Pio XII a declarou oficialmente parte do dogma católico (p. 43). Esta doutrina recebeu portanto, a aprovação infalível do papa. Mas terá a aprovação das Sagradas Escrituras? Os crentes fiéis da antiga Beréia estudavam as escrituras para ver “se estas coisas eram assim” (Atos 17:11) e se nós também a estudarmos com tal propósito, aprenderemos que os únicos mortais transladados ao Céu desde os dias de Adão até ao presente foram Enoque, Moisés, Elias e muitos santos que foram ressuscitados com Cristo quando Ele se levantou dos mortos. A Bíblia diz de Enoque: “E andou Enoque com Deus; e já não era, porquanto Deus para si o tomou”. (Gênesis 5:24). Sobre Elias, a Palavra diz: “Quando o Senhor estava para tomar Elias ao Céu num redemoinho” (2 Reis 2:1). De Moisés, Judas 9 diz: “Mas o arcanjo Miguel quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés” e Mateus 17:1-3 diz que quando Jesus se transfigurou, “…então lhes apareceram [a Pedro, Tiago e João] Moisés e Elias, falando com ele”. Por intermédio dessa cena impressionante, Jesus deu o vislumbre da Sua glória aos três discípulos que observavam e àqueles dois valorosos homens de Deus apareceram com ele. Estes eram perfeitos representantes de cada pessoa que será salva através da história. Moisés, que sucumbiu a morte, foi ressuscitado por Cristo, e pode assim afirmar-se que constituía uma promessa ou garantia para todos os que morrem em Cristo; ou seja, àqueles que também se hão de levantar dos sepulcros a ressurreição dos justos (João 5:28, 29; I Tessalonicenses 4:16). Elias era um tipo de todos os salvos que estarão vivos e que hão de ser trasladados quando Cristo vier pela segunda vez (I Tessalonicenses 4:17). Para confirmar que esta é uma interpretação correta leia Mateus 16:27, 28; 17:1-3 e compare com o próprio parecer de Pedro em 2 Pedro 1:16-18.
Além destes três patriarcas, houve uma multidão de santos que saíram dos seus sepulcros quando Cristo ressuscitou. Mateus 27:51-53 declara “…Tremeu a terra… Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressurgiram. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos”. Efésios 4:8 diz-nos que estas pessoas- como troféus adicionais- foram levados para o Céu quando Cristo ascendeu: “Por isso diz: subindo ao alto, levou cativo o cativeiro (ou “levou cativos”, segundo algumas versões), e deu dons aos homens”. Estes heróis da fé foram ressuscitados juntamente com Jesus como parte da oferta antitípica das “primícias” da sepultura, o que constitui uma garantia da grande colheita final do resto dos redimidos no dia da Ressurreição que será por ocasião da Segunda Vinda! Por outro lado, também é interessante notar que no meu idioma natal, o inglês, a Assunção se chama Assumption, palavra esta que tem um duplo sentido. Refere-se ao dogma da Igreja Católica Romana da “elevação corporal aos Céus da Virgem Maria”, mas que também quer dizer “presunção, suposição ou hipótese”. Atualmente tenho mais conhecimento acerca da “Assunção” do que quando era aluno nas escolas católicas, porque enquanto ali estava, eu apenas supunha que era a pura verdade.

Além disso, parece-me incrível que o Apóstolo João, alguns anos após a morte de todos os outros discípulos — em meados da década dos anos 90 do primeiro século D.C — escreveu o Evangelho de João e Apocalipse (já em idade avançada), e nem sequer por uma só vez menciona que Maria foi elevada ao Céu, como o pretende Roma. De todos os discípulos, João teria tido toda a autoridade definida sobre este assunto. Vejamos porquê. Momentos antes da sua morte no Calvário, Jesus contemplou a sua mãe e ao seu discípulo João que estava junto a ela ao pé da cruz. Fixando o seu olhar sobre o rosto angustiado de Maria e de seguida sobre João “… disse dirigindo a ela: ‘Mulher, eis aí o teu filho’; e depois a João: ‘Eis aí a tua mãe’. João compreendeu as palavras de Cristo e aceitou o encargo. Levou imediatamente Maria para sua casa, e daquela hora em diante cuidou dela ternamente. “Ò piedoso, amorável salvador! No meio de toda a sua dor física e angústia mental, Ele teve um pensamento de desvelo para com a sua mãe!… E, acolhendo-a como um santo legado, João estava a receber uma grande benção. Ela era para ele uma recordação contínua do querido mestre” (O Desejado de Todas as Nações, cap. 78, p. 815-816). E João escreveu sobre este assunto no Evangelho de João pouco antes da sua própria morte, numa altura em que Maria, cerca de 25 a 30 anos mais velha, indubitavelmente já teria morrido. Então, porque é que João não registrou nada sobre a suposta “Assunção” nas Sagradas Escrituras? Porque simplesmente este fato não ocorreu! Porque ela, da mesma forma que o apóstolo João, está a dormir tranquilamente no sepulcro até àquele dia culminante em que ela escutará uma vez mais a voz do seu Filho a chamá-la para que saia do sepulcro na gloriosa Manhã da Ressurreição!

Mas é verdade que Maria era “muito favorecida” por Deus e “bendita…entre as mulheres” (Lucas 1:28), por ter sido escolhida por Deus para conceber [milagrosamente] no seu ventre e dar à luz um filho a quem chamaria Jesus (Lucas 1:31). Não obstante, o versículo seguinte identifica com precisão a única pessoa que merece ser louvada: “Este [Jesus] será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lucas 1:32, 33). De fato, apenas alguns versículos mais adiante, depois de ter concebido e saído para visitar a sua prima Isabel, Maria simplesmente declara com os seus próprios lábios: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu salvador” (Lucas 1:46). Repare que Maria humildemente admite que o filho que levava em seu ventre era o Filho de Deus- o messias prometido desde os tempos antigos e o Libertador da humanidade que teve por bem converter-se num membro da raça humana com o fim de salva-la, ao qual ela deveria pôr o nome de Jesus. Ele era para ela, o mesmo que para o mundo inteiro, o seu salvador… porque o nome “Jesus” significa “O Senhor [Jeová] salva”.
Maria, em nenhum momento se intitulou como a “Mãe de Deus” [frase de origem católica e que faz parte da Ave-Maria] porque nenhum dos membros da Deidade teve uma mãe original. O nome divino Yavé ou Jeová tem como significado básico “o que existe por si mesmo”. Ou o grande “EU SOU”. Moisés, o qual falou com o grande “EU SOU” durante um período de quarenta anos, entendeu claramente isto. No salmo 90, do qual ele é o autor, escreveu: “De eternidade a eternidade, tu és Deus”. E a profecia de Miquéias 5:2 que identificou com exatidão a Belém a Judéia como o lugar de nascimento do messias prometido, descreve o a Ele como aquele “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Maria certamente se considerava como “bendita entre as mulheres”, como alguém que havia sido “muito favorecida” ao ser escolhida como instrumento humano mediante o qual um membro da Deidade poderia encarnar-se como ser humano para efetuar o resgate da humanidade perdida. Ela era a mãe do messias, o Deus- Homem, quando Ele transferiu a sua existência original para a humana. Tornou-se no Filho do Homem, mas continuou a ser parte da Deidade- o Filho de Deus.

Maria sempre soube reconhecer e manter-se no seu lugar. Quando Gabriel a informou que milagrosamente conceberia um filho por intervenção do Espírito Santo e que “o ente santo que de ti há nascer, será chamado Filho de Deus… Pois para Deus nada é impossível”, a sua humilde resposta foi: “Eu sou a serva [em grego, escrava] do Senhor. Cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1:35, 37, 38). No idioma grego serva é doúle, que significa escrava, pela força ou por vontade própria, sendo este o caso de Maria. É uma palavra que se utiliza para designar escravidão ou a servidão propriamente ditas. Mas ainda que a palavra se aplique principalmente ao tipo de relação que se estabelece entre uma pessoa e outra, como na sobredita declaração de Maria à qual ela se refere como serva, em todo o caso aplica-se a uma atitude de sujeição e submissão da parte dela. Desta forma, as palavras de Maria claramente dão a entender que ela humildemente se submetia à vontade de Deus.
Isto volta a verificar-se quando ela visita a casa de sua prima Isabel, futura mãe de João Batista — mensageiro de Cristo que anunciaria a sua chegada e a sua missão- e ambas sob a inspiração do Espírito Santo se saúdam. Tendo Isabel reconhecido a Maruá como “a mãe do meu Senhor” (Lucas 1:43), Maria contestou, como já tinha sido dito anteriormente: “ A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu salvador”. Mas repare cuidadosamente a atitude que refletem os seus comentários subseqüentes: “Pois olhou para a humildade da sua serva. Desde agora todas as nações me chamarão bem aventurada” (Lucas 1:46-48). A palavra” humildade” enquadra-se perfeitamente com a palavra “serva”, à qual Maria se atribui a si própria e que quer dizer “escrava” submissa. O que de fato Maria está a dizer é o seguinte: “Socialmente, no que se refere a prestígio, não sou nada”. Mas reconhece imediatamente que o filho que levava em seu ventre era o verdadeiro Protagonista cujas façanhas seriam tão admiráveis e perduráveis que todas as gerações futuras, até mesmo por toda a eternidade, a chamariam “bem aventurada” por ter sido um instrumento humano amoldável que com a ajuda divina tornou em realidade a redenção da humanidade. Custa-nos imaginar que uma mulher que possui um tal grau de humildade possa surgir na atualidade como uma pessoa que se atribui e faz alarde de títulos pretensiosos e obras vangloriosas, como tem sido mostrado neste capítulo. É interessante notar, que não se encontra em toda a Bíblia nem uma só prece que se tenha elevado Maria, nem tampouco um só instante em que ela tenha socorrido alguém ou tenha prometido que poderia ou seria capaz de fazê-lo.

Jesus é o Salvador do mundo, o Cordeiro que foi imolado, e Portador de pecados, por cujas chagas e feridas somos curados, a Ressurreição e a vida, o nosso Sumo Sacerdote e Mediador perante o Pai, a “Descendência” da mulher que feriria a cabeça da “serpente”, o descendente de Davi que governaria desde o trono de Davi para sempre. Observe esta bela e clara profecia acerca do nascimento do Messias e do Seu futuro governo sobre o trono do seu antepassado humano Davi pronunciada pelo “profeta evangélico”, Isaias: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim. Reinará sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. (Isaías 9:6, 7) . Esta profecia, prezado amigo, abrange e cumpre todos os propósitos divinos!

(De: A virgem Maria está morta ou viva? - Danny Vierra, 1997 EUA)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Espiritismo Atual: Obra Mestra do Engano



Então, qual a razão de tanto engano? A razão é que o espiritismo está bem vivo! Enquanto existir o diabo, haverá espiritismo. E enquanto o espiritismo estiver vivo, perpetuar-se-á a mentira de que há vida para além da morte! E a inclinação desta tendência afetará freqüentemente o trabalho de tradutores que de outro modo são bem intencionados. Já porventura se deu conta que cada vez mais filmes cinematográficos giram em torno da comunicação entre os vivos e os mortos? Satanás está a trabalhar com esforço redobrado nestes últimos dias porque sabe que lhe resta pouco tempo e que uma de suas armas mais eficazes para subjugar o mundo sob o seu enganoso controle é o espiritismo, o qual está fundamentado na sua grande mentira de quem o homem possui um espírito imortal que transcende a morte e de que é possível que os vivos recebam luz e benefícios vitais mediante a comunicação com os espíritos de seres queridos falecidos. Na verdade, dão-se as suspeitas aparições destes defuntos seres amados, os quais se manifestam tal como eram em vida e são reconhecidos pela sua fisionomia ou traços físicos, o timbre da voz, e pela informação exata que comunicam, a qual é conhecida somente pelos vivos que presenciam a aparição e o próprio defunto supostamente aparecido. Também é conhecida por Satanás e seus anjos caídos, os quais procuram constantemente que as multidões humanas sigam o seu plano diabólico, que está diametralmente oposto à grande comissão evangélica de Jesus, cujo propósito é preparar o mundo para a Sua gloriosa vinda e anunciar a destruição final de Satanás e do seu reino.
Assim, “a doutrina da consciência do homem na morte, especialmente a crença de que os espíritos dos mortos voltam para ministrar aos vivos, abriu caminho para o moderno espiritismo. Se os mortos são admitidos à presença de Deus e dos santos anjos e se são favorecidos com conhecimentos que superam em muito o que antes possuíam, porque não voltariam eles à Terra para iluminar e instruir os vivos? Se, conforme é ensinado pelos teólogos populares, os espíritos dos mortos estão a pairar sobre os seus amigos na Terra, porque não lhes seria permitido comunicar-se com eles, a fim de os advertir contra o mal, ou consola-los na tristeza? Como podem os que crêem no estado consciente dos mortos rejeitar o que lhes vem como luz divina transmitida por espíritos glorificados? Eis aí um meio de comunicação considerado sagrado, e de que Satanás se vale para realizar os seus propósitos. Os anjos caídos que executam as suas ordens aparecem como mensageiros do mundo dos espíritos. Ao mesmo tempo em que professam pôr os vivos em comunicação com os mortos, o príncipe do mal exerce sobre eles a sua influência fascinante.
Eles tem poder para fazer surgir perante os homens a aparência dos seus amigos falecidos. A contrafação é perfeita: a expressão familiar, as palavras, o tom da voz, são reproduzidos com maravilhosa exatidão. Muitos são consolados com a afirmação de que os seus queridos estão gozando de ventura celestial; e, sem suspeita de perigo, dão ouvidos a ‘espíritos enganadores, e doutrinas de demônios’.
Induzindo-os Satanás a crer que os mortos efetivamente voltam para comunicar-se com eles, faz o maligno com que apareçam os que baixaram ao túmulo sem estarem preparados. Pretendem estar felizes no Céu, e mesmo ocupar ali elevadas posições; e assim é largamente ensinado o erro de que nenhuma diferença se faz entre justos e ímpios. Os pretensos visitantes do mundo dos espíritos algumas vezes proferem avisos e advertências que se demonstram corretos. Então, estando ganha a confiança, apresentam doutrinas que solapam diretamente a fé nas Escrituras. Com aparência de profundo interesse no bem estar dos seus amigos na Terra, insinuam os mais perigosos erros. O fato de declararem algumas verdades e poderem por vezes predizer acontecimentos futuros, dá as suas declarações uma aparência de crédito; e os seus falsos ensinos, são tão prontamente aceitos pelas multidões e, tão implicitamente cridos, como se fossem as mais sagradas das verdades da Bíblia. A lei de Deus é posta de parte, desprezado o Espírito da graça, o sangue do concerto tido em conta de coisa profana. Os espíritos negam a divindade de Jesus, colocando o próprio criador no mesmo nível em que estão. Assim, sob novo disfarce, o grande rebelde ainda prossegue na sua luta contra Deus — luta iniciada no Céu, e durante quase seis mil anos continuada na Terra… Muitos serão enredados pela crença de que o espiritismo seja meramente impostura humana; quando postos em face de manifestações que não podem senão considerar como sobrenaturais, serão enganados e levados a aceitá-las como grande poder de Deus” (O Grande Conflito, capítulo 34, p. 557-559).
Por conseguinte, Satanás, em seus esforços para enganar até os próprios escolhidos nestes últimos dias, operará por intermédio dos seus demônios para imitir aos nossos seres queridos falecidos na forma de espíritos de parentes e pessoas conhecidas: esposos e esposas, pais e mães, avôs e avós, tios e tias, irmãos e irmãs. E sendo capaz de fazer tudo isso, duvidaremos que seja capaz de realizar uma magistral obra de engano — que um demônio se faça passar pela mãe de Jesus Cristo?

A Primeira Mentira: A Imortalidade da Alma



No início da história, Satanás, havendo assumido a forma de serpente, pronunciou a primeira mentira a Eva. Disse-lhe que se desobedecesse á ordem de Deus de não comer do fruto da Arvore do Conhecimento do Bem e do Mal, “Não Morrereis”, apesar de Deus ter expressamente advertido o homem que “no dia em que dela comeres certamente morrerás” (ver Gênesis 3:4, 2:17). Satanás traiçoeiramente assegurou a Eva (outra mentira descomunal) que ao comer o fruto “os vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gênesis 3:5). Prezados amigos, estamos todavia a acreditar no que disse o diabo? A Bíblia estabelece claramente que Deus é “aquele que tem, ele só, a imortalidade” (I Timóteo 6:16). De fato, a Bíblia contém um bom número de passagens que provam que o homem mortal não recebe a sua imortalidade até a segunda vinda de Cristo- na ocasião da ressurreição (I Coríntios 15:51-55; João 5:28,29). Agora, por favor, fixemo-nos nestas declarações inequívocas e com a autoridade sobre o estado dos mortos em Eclesiastes 9:5,10: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa alguma… Tudo o que te vier a mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, pois na sepultura, para onde vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”
Recordo a primeira vez que li estas passagens bíblicas. Imediatamente me questionei porque tinha eu sempre crido que uma pessoa morta podia comunicar-se comigo á vontade. Seria este, outro erro da Igreja Romana, que os sacerdotes me haviam inculcado? No fim das contas, e de acordo com a Bíblia não são as sessões espíritas reuniões nos quais o diabo procura enviar mensagens funestas a pessoas incautas através de um médium humano, que supostamente pode comunicar-se com os presumíveis espíritos dos mortos? A maior das sessões espíritas relatadas na Bíblia ocorreu quando Saul visitou a Feiticeira de En-Dor, descrita nas escrituras como “uma mulher que tem o espírito de adivinhar” — uma mulher que recebia mensagens de um anjo maligno que pretendia ser o “espírito” de uma determinada pessoa morta, geralmente conhecida por indagador- e pediu-lhe que fizesse subir a Samuel dos mortos pois “o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urím, nem por profetas” ( I Samuel 28:6,7). Desde quando acode um homem de Deus ao diabo para procurar conselho quando o Senhor explicitamente disse: “Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o Senhor vosso Deus”? (Levítico 19:31, ver também Isaías 8:19, 20). A Bíblia diz claramente: “os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio” pois quando o homem morre, “sai-lhes o espírito e eles tornam-se em sua terra: naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos” (Salmos 115:17; 146:4).
Então porque é que a maioria das pessoas, tanto cristãs como não cristãs, crêem na doutrina da imortalidade da alma? No meu parecer, o problema existe devido a uma má interpretação das escrituras. Em Gênesis 2:7, a Bíblia diz: “Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou nas suas narinas o fôlego da vida, e o homem foi feito alma vivente”. A palavra hebraica que foi traduzida como “alma” nesta passagem é nephesh. Além de ter sido traduzida 428 vezes como “alma” no antigo testamento, nephesh também foi traduzida da seguinte forma: vida — 119 vezes; pessoa — 29 vezes; e criatura- 19 vezes. “ Não existe nada nas palavras traduzidas como ‘alma’ ou em seu emprego na Bíblia, que nem de forma remota implique uma entidade consciente que sobrevive ao corpo depois da morte, ou que atribua imortalidade a ela. Nephesh não é parte de uma pessoa, mas sim a própria pessoa!” (Bible Dictionary, por Siegfried Horn, Phd p.1061).
Creio que a confusão é o resultado de uma interpretação equivocada de versículos como o seguinte: “E o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12:7). Muitas pessoas procuram usar este versículo para comprovar que a “alma” ou o “espírito” é, por isso, imortal e que regressa a Deus ao experimentar a morte. Não obstante, segundo o conceito hebraico expresso nas escrituras, o “espírito” não é outra coisa senão o alento da vida que mantém vivo o ser humano, o qual é préstimo da parte de Deus e que no fim regressa de volta ao Grande Autor da Vida. É isso precisamente o que quer dizer Jô 27:3, 4: “Enquanto em mim houver alento [nephesh], e o sopro de Deus no meu nariz, não falarão os meus lábios iniqüidade”. A palavra hebraica que se utiliza para espírito é ruach, a qual define no Léxico de Genésio da seguinte forma: a) espírito ou fôlego; b) fôlego das narinas; c) sopro de ar. Quando o espírito, ou seja, o sopro nas narinas, regressa a Deus, então o corpo, formado originalmente do pó da terra, cessa as suas funções normais e começa o seu processo de regresso à terra, o seu lugar de origem. O individuo já carente de alento ou respiração deixa de existir como ser vivente, consciente e pensante, e passa a descansar no sepulcro até ser chamado pela voz de Cristo no “ultimo dia” (João 6:39). “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação”. (João 5:28, 29). Os justos mortos levantar-se-ão por ocasião da segunda vinda de Cristo e junto com os santos vivos serão arrebatados nas nuvens a receber o Senhor nos ares (ver I Tessalonicenses 4:15-18), mas os mortos ímpios não se levantarão até mil anos depois da ressurreição dos justos. “Mas os outros mortos não reviveram até que os mil anos se completassem” (Apocalipse 20:5). Como pode alguém “reviver” sem ter primeiro experimentado a morte?
Amigos, já devem porventura estar a questionar-se o seguinte: “Como pode estar viva a Virgem Maria quando a Bíblia claramente diz que não há nenhum conhecimento na morte?”. Para esclarecer melhor este ponto, examinaremos mais algumas citações bíblicas que provam que o homem é mortal. No livro de Jô lemos: “Mas, morto o homem, e, consumido; sim rendendo o homem o espírito [expira, segundo Strong´s Concordance], então onde está? Como as águas se evaporam de um lago, e o rio se esgota e seca; até que não haja mais céus [o céu há de se recolher “como um pergaminho quando se enrola” quando Cristo regressar pela segunda vez (Apocalipse 6:14)] não acordará nem despertará de seu sono” (Jô 14:10-12). E como se isso não fosse suficientemente claro, Jô continua a dizer: “Morrendo o homem tornará a viver? Todos os dias da minha lida esperaria, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te responderia… (Jô 14:14, 15). Evidentemente a crença de Jô era que iria dormir no sepulcro até que Jesus o chamasse na Manhã da Ressurreição (ver também Jô 17:13-16). Além do mais, foi o próprio Jesus que se referiu ao estado de Lázaro na sepultura como um sono. Em nenhum momento deu a entender que Lázaro havia ascendido ao Céu. Pelo contrário, declarou que: “Nosso amigo Lázaro dorme, mas vou desperta-lo” (João 11:11). Seguidamente, em João 11:23 Jesus disse a Marta que: “Teu irmão há de ressuscitar”, a qual Maria respondeu: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia”. Jesus, ao ordenar a Lázaro que saísse do sepulcro disse: “Lázaro, vem para fora”!, e não “Lázaro sobe”! ou “Lázaro desce”! Considero que a palavra empregada por Jesus em lugar de morte (a qual se refere a primeira morte) é um sinônimo muito apropriado porque ela se refere a um estado transitório da qual, segundo Daniel 12:2, todos “ressurgirão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e o desprezo eterno” [esta é a segunda morte, ver Apocalipse 20:12-14].
O grande mestre, o apóstolo Paulo, entendia claramente que ele também dormiria no sepulcro até a segunda vinda de Cristo: “Quanto a mim, já estou sendo derramado como libação, e o tempo da minha partida [morte] está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde a agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda [a de Cristo]”. (2 Timóteo 4:6-8). Paulo sabia, assim como Marta, que seria apenas na ressurreição do último dia, na ocasião da segunda vinda de Cristo, que ele receberia a recompensa da vida eterna e seria transformado de mortal a imortal. Não esqueçamos que foi Paulo que nos deixou escrito nas Sagradas Escrituras que o homem mortal não será dotado de imortalidade até que soe a trombeta final que despertará os justos mortos ao vir Jesus pela segunda vez: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.” [repare que esta mudança ocorre, não ao morrer a pessoa, mas por ocasião da segunda vinda de Cristo] (I Coríntios 15:51-53). Numa passagem anterior, e dentro do mesmo capítulo da epístola, Paulo tinha dito: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, [Adão] também a ressurreição dos mortos veio por um homem [Cristo]. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda”. (I Coríntios 15:20-23)
Para realçar ainda mais esta posição, examinaremos agora o pedido do ladrão crucificado ao lado de Jesus registrado no capítulo 23 do evangelho de Lucas. O ladrão arrependido, crendo que Jesus era realmente o Filho de Deus, disse a Jesus: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”. Perante este pedido, Jesus respondeu-lhe dizendo: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42-43). Aqueles que crêem na doutrina da imortalidade da alma, referem-se freqüentemente a esta passagem bíblica para provar que ao falecer uma pessoa, o seu espírito ascende imediatamente ao Céu. Mas examinaremos esta passagem com mais pormenor.
O novo testamento foi escrito originalmente em grego. Os escrivões antigos escreviam sem deixar espaços entre as palavras ou orações e, por conseguinte, sem sinais de pontuação, um estilo conhecido como Scriptio Continua. Os espaços e os sinais de pontuação foram acrescentados séculos mais tarde. Seguindo a ordem das palavras que aparecem na última edição do New Testament Greek [Novo Testamento Grego publicado pelas Sociedades Bíblicas Unidas, 4° Edição, Revisada, 1994] mas ignorando as vírgulas previstas pelos seus editores, em português traduziríamos Lucas 23:43 da seguinte maneira: “E disse-lhes Jesus: Em verdade te digo hoje estarás comigo no Paraíso”. Imediatamente notamos a ausência da conjunção que, acrescentada pelas versões em português. Simplesmente não aparece no texto original. Realmente, tudo o que falta é determinar onde colocar a vírgula. Para que esta passagem concorde com o ensinamento bíblico, o conceito hebraico acerca da natureza humana e o estado dos mortos, a vírgula deve ser colocada depois da palavra hoje. Nesse caso, o versículo ler-se-ia assim: “ Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso”.
Também teremos que ter em mente que Jesus não ascendeu ao Céu ao morrer, visto Ele ter dito a Maria na madrugada de sua memorável ressurreição: “Não me detenhas, porque ainda não subi para o meu Pai”. (João 20:17). Notemos que esta declaração foi feita dois dias depois de sua morte na cruz. Do mesmo modo, ao ladrão arrependido foi lhe dada naquele dia [sexta feira santa — o dia da crucificação], a segurança da vida eterna e um lugar no paraíso, mas ele, como o resto dos justos, não receberão a sua recompensa até que Jesus venha pela segunda vez (ver Apocalipse 22:12).