quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O Trovão da Justiça e o Movimento Mariano


O mundo já se encontra pronto e bem preparado para aceitar este engano que é quase irresistível. De fato, na capa do número de dezembro de 1996 da revista Life apareceu uma foto de uma estátua de Maria com o seguinte cabeçalho: “Dois mil anos depois da Natividade, a mãe de Jesus é mais QUERIDA, PODEROSA e CONTROVERSA, do que nunca. O mistério de Maria”. O final deste artigo foi de especial interesse para mim. Declarava: “Maria… poderia conduzir-nos a uma reunião ecumênica das igrejas cristãs. Ela poder-nos-ia levar a uma melhor compreensão daquela jovem que deu à luz em Belém faz dois mil anos. Chegaríamos a conhecer Maria”…
“Poderíamos nós, pedir a esta simples jovem que dirija o que se converteu já não apenas num culto, mas sim numa imensidão de apaixonados crentes, um movimento que requer um herói, um rebanho mundial que por longo tempo tem exigido mais dela; que em alguns casos tem rogado que ela mesma proclame a sua própria mensagem? Pergunto-me: Se Maria se transformasse num ser puramente humano — se as pessoas na verdade lhe pudessem estender a mão e tocar em Maria — seria realmente Maria?”
Meus amigos, cuidado com aqueles que expõem esta espécie de pensamentos e que também se referem a Maria como “Co-redentora, Mediadora e Advogada”. Em primeiro lugar, não há na Bíblia referencia à Virgem Maria como “co-redentora” da humanidade. O profeta Isaías, referindo-se a Jesus Cristo, escreveu o seguinte: “…Então saberás que eu, o Senhor, sou o teu Salvador, e o teu Redentor, o Poderoso de Jacó” (Isaías 60:16). No Novo Testamento, Paulo e Pedro, ambos apóstolos aludiram de uma forma decidida ao preço que se pagou e ao sangue que se derramou para obter a redenção da humanidade. Paulo disse: “Ou não sabeis que o nosso corpo é o santuário do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus? Não sois de vós mesmos; fostes comprados por bom preço. Glorificai, pois, a Deus [a não a Maria] no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”. (I Coríntios 6:19-20). E Pedro diz-nos qual foi o preço dessa redenção: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver a qual por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem macha” (I Pedro 1:18-19). Só pode haver, então, um só Redentor- Jesus Cristo, o qual pagou o preço do resgate com o seu próprio sangue, tendo renunciado a vida infinita no Céu para vir ao mundo redimir a raça humana perdida. Em segundo lugar, como pode Maria ser nossa “Mediadora” quando a Bíblia explicitamente nos adverte que: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, [que o de Jesus Cristo — ver Atos 4:10] dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” e “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”. (Atos 4:12; I Timóteo 2:5)? Evidentemente Jesus é o único ser qualificado para ser o Mediador da humanidade. E, em terceiro lugar, teria a mãe de Jesus alguma vez pretendido ser a nossa “Advogada” quando em I João 2:1 diz: “…Se, porém, alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”? Se a verdadeira Virgem Maria estivesse viva, contradiria as palavras do seu Filho? Apesar disso, o livro O Trovão da Justiça, que registra muitas das presumíveis declarações feitas pela falsa Virgem Maria a diferentes pessoas ao redor do mundo, diz que o papel que Maria desempenha é o de “Co-redentora, Mediadora e Advogada”. Apesar do calvário ter sido em primeiro lugar, e sobretudo, o cenários dos sofrimentos da Paixão e Morte de Nosso Senhor, estes também foram a causa pelo qual Nossa Senhora padeceu feridas místicas ocultas. Deus não quer que as preciosas feridas de Nossa Senhora permaneçam ocultas por mais tempo, mas pelo contrário, o seu povo deve compreender a singular purificação que a humanidade recebeu, e continuará a receber, mediante a devoção às Feridas Ocultas e Místicas de Maria”. (O Trovão da Justiça p. 29). Como se ela tivesse sido crucificada e oferecido uma vida infinita por nós!
Amigos, foi porventura por causa das feridas de Maria que Isaías escreveu no seu famoso capítulo 53? Porventura foi a ela que a “consideramos como aflita, ferida de Deus e oprimida” e a quem foi “ferida pelas nossas transgressões”, ou a que “como um cordeiro foi levada ao matadouro”? Não, não! Foi Cristo! Isaias escreveu claramente: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados… foi oprimido e humilhado… como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca”. (Isaías 53: 4, 5, 7). Foi Jesus Cristo, o Filho de Deus, que disse: “Eu sozinho pisei o lagar; dos povos ninguém houve comigo [nem sequer Maria]…” (Isaías 63:3).
Apesar disto, O Trovão da Justiça alega além disso que quando a suposta Maria aparece às pessoas, alguns dos outros títulos blasfemos que ela emprega para identificar-se são os seguintes: “Nossa Senhora de Todas as Nações”, “A Guardiã da Fé”, “A Imaculada Concepção”, “Puríssima e Sem Pecado”, “Mãe da Igreja”, “Rainha do Santo Rosário”, “Nossa Senhora de Guadalupe” (que significa “a que esmaga a serpente”), “A sua Imaculada Esposa [do Espírito Santo], “A Segunda Eva” ou “A Nova Eva”, “A Rainha do Mundo”, “A Rainha dos Céus e da Terra”, e por último, mas não menos importante, “A Rainha da Nova Era Vindoura”.
Por favor, espero que ninguém pense que estou faltando ao respeito a Maria ao escrever este livro na medida em que eu anelo e rogo a Deus que me permita conhecê-la na Manhã da Ressurreição quando os santos saírem dos sepulcros. Ela desde logo foi uma admirável mulher cristã. Foi por isso que Deus a escolheu para ser a mãe do messias. Mas quando Satanás se aproveita da figura dela como meio para enganar as almas, então eu, como sentinela sobre os muros de Sião, vejo-me obrigado a tocar a trombeta. Por conseguinte, tenho que ter tempo para revelar a blasfêmia que implicam alguns destes nomes. Primeiro, permita-me comentar sobre dois dos títulos dados a Maria: “A Imaculada Concepção” e “Puríssima e Sem Pecado”. Sabia o leitor que quando se menciona o nome de “Imaculada Concepção” quase todas as pessoas crêem que o título se aplica ao nascimento virginal de Jesus? Mas isso é um engano. A Imaculada Concepção, que é uma doutrina católica romana, de nenhuma forma se aplica a Jesus. Refere-se ao nascimento da Virgem Maria, a qual, de acordo com a Igreja Católica Romana, foi concebida sem a mancha do pecado original e por isso é chamada “Puríssima e Sem Pecado”. Eis aqui, o que ensina oficialmente a Igreja Católica: “… Maria, a Virgem Mãe de Jesus, pelos méritos de seu divino Filho, foi preservada do pecado original desde o primeiro instante da sua concepção no ventre de sua mãe Santa Ana. Este grande privilégio chama-se a Imaculada Concepção e foi proclamado um dogma de fé pelo Papa Pio IX em 1854. Celebra-se a cada ano como dia de preceito em 8 de dezembro” (Catecismo Básico, publicado por Pauline Books & Media, 1985, p. 35). A Bíblia, pelo contrário, diz-nos claramente que “… todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus…” e “Não há um justo, nem um sequer…” (Romanos 3:23; e 3:10). Além disso, fica claramente estabelecido nos registros genealógicos bíblicos, que Maria era uma israelita de puro sangue, sendo da descendência de Abraão por parte de pai e mãe. Observemos agora esta declaração do apóstolo Paulo em Hebreus 2:16 referente a natureza humana de Jesus: “Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão”. (Hebreus 2:16). E Abraão viveu com a herança de uma natureza humana caída 2.000 anos depois de Adão e Eva terem sido expulsos do Éden, e vários séculos depois de Deus ter destruído o mundo por intermédio de um dilúvio por causa da grande maldade da humanidade. Não obstante, a Igreja Católica e o Movimento Sacerdotal Mariano quiseram que crêssemos que Maria era santa. De fato, a bem conhecida reza católica, “A Ave Maria”, inclui as palavras: “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”. Na obra Catechism of Christian Doctrine, p. 27, a Igreja Católica crê que tais palavras foram compostas por ela mesma sob a inspiração do Espírito Santo. Todavia, nem uma vez sequer nas Escrituras Maria é chamada de “Santa Maria” sendo precisamente o contrário quando se referem a Jesus. As Escrituras, cujo o autor é o Espírito Santo (2 Pedro 1:21), ao referi-se a Jesus, chamam-no “o ente santo” e “teu santo Filho Jesus” (Lucas 1:35 e Atos 4:30). Cristo é a única pessoa na Bíblia cujo nascimento humano se descreve dessa maneira!
Mas novamente O Trovão da Justiça contraria a Palavra de Deus quando se refere ao que foi denominado como a “Assunção”: “Maria havia sido elevada ao Céu… Visto que era livre de pecado, o seu corpo não teve que sofrer a corrupção da sepultura… A Igreja sempre sustentou a veracidade da assunção de Maria e em 1950 o Papa Pio XII a declarou oficialmente parte do dogma católico (p. 43). Esta doutrina recebeu portanto, a aprovação infalível do papa. Mas terá a aprovação das Sagradas Escrituras? Os crentes fiéis da antiga Beréia estudavam as escrituras para ver “se estas coisas eram assim” (Atos 17:11) e se nós também a estudarmos com tal propósito, aprenderemos que os únicos mortais transladados ao Céu desde os dias de Adão até ao presente foram Enoque, Moisés, Elias e muitos santos que foram ressuscitados com Cristo quando Ele se levantou dos mortos. A Bíblia diz de Enoque: “E andou Enoque com Deus; e já não era, porquanto Deus para si o tomou”. (Gênesis 5:24). Sobre Elias, a Palavra diz: “Quando o Senhor estava para tomar Elias ao Céu num redemoinho” (2 Reis 2:1). De Moisés, Judas 9 diz: “Mas o arcanjo Miguel quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés” e Mateus 17:1-3 diz que quando Jesus se transfigurou, “…então lhes apareceram [a Pedro, Tiago e João] Moisés e Elias, falando com ele”. Por intermédio dessa cena impressionante, Jesus deu o vislumbre da Sua glória aos três discípulos que observavam e àqueles dois valorosos homens de Deus apareceram com ele. Estes eram perfeitos representantes de cada pessoa que será salva através da história. Moisés, que sucumbiu a morte, foi ressuscitado por Cristo, e pode assim afirmar-se que constituía uma promessa ou garantia para todos os que morrem em Cristo; ou seja, àqueles que também se hão de levantar dos sepulcros a ressurreição dos justos (João 5:28, 29; I Tessalonicenses 4:16). Elias era um tipo de todos os salvos que estarão vivos e que hão de ser trasladados quando Cristo vier pela segunda vez (I Tessalonicenses 4:17). Para confirmar que esta é uma interpretação correta leia Mateus 16:27, 28; 17:1-3 e compare com o próprio parecer de Pedro em 2 Pedro 1:16-18.
Além destes três patriarcas, houve uma multidão de santos que saíram dos seus sepulcros quando Cristo ressuscitou. Mateus 27:51-53 declara “…Tremeu a terra… Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressurgiram. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos”. Efésios 4:8 diz-nos que estas pessoas- como troféus adicionais- foram levados para o Céu quando Cristo ascendeu: “Por isso diz: subindo ao alto, levou cativo o cativeiro (ou “levou cativos”, segundo algumas versões), e deu dons aos homens”. Estes heróis da fé foram ressuscitados juntamente com Jesus como parte da oferta antitípica das “primícias” da sepultura, o que constitui uma garantia da grande colheita final do resto dos redimidos no dia da Ressurreição que será por ocasião da Segunda Vinda! Por outro lado, também é interessante notar que no meu idioma natal, o inglês, a Assunção se chama Assumption, palavra esta que tem um duplo sentido. Refere-se ao dogma da Igreja Católica Romana da “elevação corporal aos Céus da Virgem Maria”, mas que também quer dizer “presunção, suposição ou hipótese”. Atualmente tenho mais conhecimento acerca da “Assunção” do que quando era aluno nas escolas católicas, porque enquanto ali estava, eu apenas supunha que era a pura verdade.

Além disso, parece-me incrível que o Apóstolo João, alguns anos após a morte de todos os outros discípulos — em meados da década dos anos 90 do primeiro século D.C — escreveu o Evangelho de João e Apocalipse (já em idade avançada), e nem sequer por uma só vez menciona que Maria foi elevada ao Céu, como o pretende Roma. De todos os discípulos, João teria tido toda a autoridade definida sobre este assunto. Vejamos porquê. Momentos antes da sua morte no Calvário, Jesus contemplou a sua mãe e ao seu discípulo João que estava junto a ela ao pé da cruz. Fixando o seu olhar sobre o rosto angustiado de Maria e de seguida sobre João “… disse dirigindo a ela: ‘Mulher, eis aí o teu filho’; e depois a João: ‘Eis aí a tua mãe’. João compreendeu as palavras de Cristo e aceitou o encargo. Levou imediatamente Maria para sua casa, e daquela hora em diante cuidou dela ternamente. “Ò piedoso, amorável salvador! No meio de toda a sua dor física e angústia mental, Ele teve um pensamento de desvelo para com a sua mãe!… E, acolhendo-a como um santo legado, João estava a receber uma grande benção. Ela era para ele uma recordação contínua do querido mestre” (O Desejado de Todas as Nações, cap. 78, p. 815-816). E João escreveu sobre este assunto no Evangelho de João pouco antes da sua própria morte, numa altura em que Maria, cerca de 25 a 30 anos mais velha, indubitavelmente já teria morrido. Então, porque é que João não registrou nada sobre a suposta “Assunção” nas Sagradas Escrituras? Porque simplesmente este fato não ocorreu! Porque ela, da mesma forma que o apóstolo João, está a dormir tranquilamente no sepulcro até àquele dia culminante em que ela escutará uma vez mais a voz do seu Filho a chamá-la para que saia do sepulcro na gloriosa Manhã da Ressurreição!

Mas é verdade que Maria era “muito favorecida” por Deus e “bendita…entre as mulheres” (Lucas 1:28), por ter sido escolhida por Deus para conceber [milagrosamente] no seu ventre e dar à luz um filho a quem chamaria Jesus (Lucas 1:31). Não obstante, o versículo seguinte identifica com precisão a única pessoa que merece ser louvada: “Este [Jesus] será grande, e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lucas 1:32, 33). De fato, apenas alguns versículos mais adiante, depois de ter concebido e saído para visitar a sua prima Isabel, Maria simplesmente declara com os seus próprios lábios: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu salvador” (Lucas 1:46). Repare que Maria humildemente admite que o filho que levava em seu ventre era o Filho de Deus- o messias prometido desde os tempos antigos e o Libertador da humanidade que teve por bem converter-se num membro da raça humana com o fim de salva-la, ao qual ela deveria pôr o nome de Jesus. Ele era para ela, o mesmo que para o mundo inteiro, o seu salvador… porque o nome “Jesus” significa “O Senhor [Jeová] salva”.
Maria, em nenhum momento se intitulou como a “Mãe de Deus” [frase de origem católica e que faz parte da Ave-Maria] porque nenhum dos membros da Deidade teve uma mãe original. O nome divino Yavé ou Jeová tem como significado básico “o que existe por si mesmo”. Ou o grande “EU SOU”. Moisés, o qual falou com o grande “EU SOU” durante um período de quarenta anos, entendeu claramente isto. No salmo 90, do qual ele é o autor, escreveu: “De eternidade a eternidade, tu és Deus”. E a profecia de Miquéias 5:2 que identificou com exatidão a Belém a Judéia como o lugar de nascimento do messias prometido, descreve o a Ele como aquele “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Maria certamente se considerava como “bendita entre as mulheres”, como alguém que havia sido “muito favorecida” ao ser escolhida como instrumento humano mediante o qual um membro da Deidade poderia encarnar-se como ser humano para efetuar o resgate da humanidade perdida. Ela era a mãe do messias, o Deus- Homem, quando Ele transferiu a sua existência original para a humana. Tornou-se no Filho do Homem, mas continuou a ser parte da Deidade- o Filho de Deus.

Maria sempre soube reconhecer e manter-se no seu lugar. Quando Gabriel a informou que milagrosamente conceberia um filho por intervenção do Espírito Santo e que “o ente santo que de ti há nascer, será chamado Filho de Deus… Pois para Deus nada é impossível”, a sua humilde resposta foi: “Eu sou a serva [em grego, escrava] do Senhor. Cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1:35, 37, 38). No idioma grego serva é doúle, que significa escrava, pela força ou por vontade própria, sendo este o caso de Maria. É uma palavra que se utiliza para designar escravidão ou a servidão propriamente ditas. Mas ainda que a palavra se aplique principalmente ao tipo de relação que se estabelece entre uma pessoa e outra, como na sobredita declaração de Maria à qual ela se refere como serva, em todo o caso aplica-se a uma atitude de sujeição e submissão da parte dela. Desta forma, as palavras de Maria claramente dão a entender que ela humildemente se submetia à vontade de Deus.
Isto volta a verificar-se quando ela visita a casa de sua prima Isabel, futura mãe de João Batista — mensageiro de Cristo que anunciaria a sua chegada e a sua missão- e ambas sob a inspiração do Espírito Santo se saúdam. Tendo Isabel reconhecido a Maruá como “a mãe do meu Senhor” (Lucas 1:43), Maria contestou, como já tinha sido dito anteriormente: “ A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu salvador”. Mas repare cuidadosamente a atitude que refletem os seus comentários subseqüentes: “Pois olhou para a humildade da sua serva. Desde agora todas as nações me chamarão bem aventurada” (Lucas 1:46-48). A palavra” humildade” enquadra-se perfeitamente com a palavra “serva”, à qual Maria se atribui a si própria e que quer dizer “escrava” submissa. O que de fato Maria está a dizer é o seguinte: “Socialmente, no que se refere a prestígio, não sou nada”. Mas reconhece imediatamente que o filho que levava em seu ventre era o verdadeiro Protagonista cujas façanhas seriam tão admiráveis e perduráveis que todas as gerações futuras, até mesmo por toda a eternidade, a chamariam “bem aventurada” por ter sido um instrumento humano amoldável que com a ajuda divina tornou em realidade a redenção da humanidade. Custa-nos imaginar que uma mulher que possui um tal grau de humildade possa surgir na atualidade como uma pessoa que se atribui e faz alarde de títulos pretensiosos e obras vangloriosas, como tem sido mostrado neste capítulo. É interessante notar, que não se encontra em toda a Bíblia nem uma só prece que se tenha elevado Maria, nem tampouco um só instante em que ela tenha socorrido alguém ou tenha prometido que poderia ou seria capaz de fazê-lo.

Jesus é o Salvador do mundo, o Cordeiro que foi imolado, e Portador de pecados, por cujas chagas e feridas somos curados, a Ressurreição e a vida, o nosso Sumo Sacerdote e Mediador perante o Pai, a “Descendência” da mulher que feriria a cabeça da “serpente”, o descendente de Davi que governaria desde o trono de Davi para sempre. Observe esta bela e clara profecia acerca do nascimento do Messias e do Seu futuro governo sobre o trono do seu antepassado humano Davi pronunciada pelo “profeta evangélico”, Isaias: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim. Reinará sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. (Isaías 9:6, 7) . Esta profecia, prezado amigo, abrange e cumpre todos os propósitos divinos!

(De: A virgem Maria está morta ou viva? - Danny Vierra, 1997 EUA)

2 comentários:

Maria Helena Melo Magalhães disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria Helena Melo Magalhães disse...

Congratulo meu amigo por tão belo artigo postado.Vejo que há homens em nossos dias que estão a gritar com peito aberto, e se fazem ouvir(ainda que estejam cercados de barrulhos)Haveremos de compactuar com o engamo?Não.Gritaremos em alto e bom som.Até o regresso de Nosso Senhor Jesus.